O Vitória SC, com oito pontos perdidos, seis deles nas últimas três jornadas, contra apenas dois resgatados, foi o grande prejudicado pelos golos nos descontos na primeira volta da I Liga portuguesa de futebol.
Dos 153 jogos da metade inicial, registaram-se apenas 29 golos na compensação da segunda metade, um grande decréscimo em relação aos 48 de 2023/24, e só 17 contribuíram para alterações pontuais, em 14 jogos – face aos 29 de há um ano, em 25 -, sendo que os minhotos estiveram presentes em cinco (35,7%).
O conjunto vimaranense até começou por beneficiar do tempo de compensação, pois, à quarta jornada, chegou ao 2-1 em casa perante o Famalicão aos 90+1 minutos, graças a um golo de Thomas Händel.
Mas, depois de ganhar dois pontos, o conjunto de Guimarães perdeu oito, os primeiros na receção ao Boavista, à oitava ronda, numa embate em que chegou aos 90 minutos a vencer por 2-0 e sofreu dois penáltis de Reisinho (90+5 e 90+15) nos descontos.
Os vimaranenses voltaram a ‘falhar’ no adeus de Rui Borges, rumo ao Sporting, culpa de um golo aos 90+3 minutos na receção ao Nacional (2-2), à 15.ª jornada, e na estreia de Daniel Sousa, à 16.ª, em Faro (2-2), desta vez penalizados aos 90+8.
A fechar a primeira volta, os vimaranenses protagonizaram uma espetacular reviravolta frente ao Sporting, de 1-3 para 4-3, mas, aos 90+5 minutos, Trincão restabeleceu a igualdade, no que foi o terceiro jogo seguido do Vitória a perder pontos nos descontos.
Famalicão e Moreirense, com três pontos perdidos e nenhum conquistado, completaram o pódio das equipas que mais pontos desperdiçaram nos descontos, sendo que Estoril Praia e Benfica também apresentam um saldo negativo, de um ponto.
Os ‘encarnados’ recuperaram um ponto na compensação final logo à quarta jornada, com um penálti de Marcos Leonardo, vendido pouco depois para o Al Hilal, aos 90+7 minutos em Moreira de Cónegos, num empate (1-1) que ‘despediu’ o alemão Roger Schmidt.
Mas, já sob o comando de Bruno Lage, o Benfica deixou ‘voar’ dois, falhando a nona vitória consecutiva à 14.ª jornada, ao sofrer o empate (1-1) perante o AVS na última jogada, aos 90+4 minutos, culpa de um tento de Davenish, na sequência de um livre.
Do lado contrário, o Gil Vicente liderou as formações que mais beneficiaram com os descontos, ao resgataram quatro pontos após os 90 minutos, para nenhum perdido.
A formação de Barcelos ganhou logo dois pontos à segunda ronda, ao passar de 2-2 para 4-2 na receção ao AVS, com ‘bis’ de Fujimoto (90+4 e 90+6 minutos), e voltou a resgatar dois à 13.ª, novamente em casa, com um tento de Rúben Fernandes aos 90+7 perante o Nacional, que passou o resultado de 1-1 para 2-1.
Arouca e Rio Ave, com um saldo de dois pontos, e o Farense, o Boavista, o Sporting e o SC Braga, todos com um, também tiveram saldo positivo.
Individualmente, destaque para Reisinho, jogador do Boavista, que, além dos dois penáltis que ‘silenciaram’ o D. Afonso Henriques, somou um terceiro, à 13.ª ronda, que restabeleceu a igualdade (1-1) face o Farense, aos 90+5 minutos.
