O ex-presidente dos Transportes Urbanos de Braga (TUB), o socialista Vítor Sousa, garantiu, hoje, ao Tribunal de Braga que a acusação de que foi alvo por corrupção na compra de autocarros da marca MAN foi “uma cilada” do falecido empresário, Abílio Costa que se encontrava “em desespero financeiro, porque devia um balúrdio, como toda a gente sabe na cidade”.
Disse que, no seu desespero, o empresário cometeu várias irregularidades, e acabou, em 2010, com a insolvência dolosa das empresas que geria, incluindo a Oficina Senhor dos Aflitos, que representava a multinacional alemã – de autocarros e camiões.
Acrescentou que se “zangou com ele” quando lhe foi pedir 40 mil euros emprestados, ao que não acedeu.
Sugeriu, por isso, que Abílio Costa, já falecido e que entregou uma ‘pen’ à PJ/Braga com a denúncia – e documentos – do alegado esquema de corrupção nos TUB, procurou “vingar-se”, ato para o qual ainda não encontrou explicação.
Conforme O MINHO noticiou, Vítor Sousa, continuou a ser interrogado, no segundo dia do julgamento, à imputação do Tribunal de Instrução de que terá ganho 226 mil euros de «luvas» na compra de 13 autocarros, entre 2000 e 2008. O julgamento envolve, ainda, a ex-vogal da empresa municipal, Cândida Serapicos, – que disse não querer falar – o ex-diretor técnico Luís Vale, o ex-diretor comercial da MAN Portugal, Luís Paradinha e a própria filial nacional da MAN- Trucks & Bus Portugal.
Os dois ex-administradores dos TUB estão acusados de corrupção passiva para ato ilícito e de gestão danosa, enquanto o ex-diretor responde por corrupção passiva. Os outros dois arguidos estão acusados por corrupção ativa em prejuízo do comércio internacional.