O treinador Vítor Oliveira pediu hoje um Gil Vicente “coletivamente forte” até ao fim da I Liga de futebol, espreitando um lugar na metade superior da classificação na visita ao Belenenses SAD, em jogo da 33.ª jornada.
“O primeiro desejo era ficar na I Liga e foi conseguido com muito mérito. Agora, queremos fazer o melhor possível, mesmo tendo 42 pontos, uma meta em que não pensávamos muito. Começámos mal depois do confinamento, mas melhorámos substancialmente e queremos fazer um bom final de época”, frisou o técnico, em conferência de imprensa.
Os ‘galos’ vêm de triunfos consecutivos sobre Rio Ave (1-0), Vitória de Guimarães (2-1) e Tondela (3-2), que igualaram a melhor sequência desta temporada, fixada entre novembro e dezembro de 2019, mas o treinador avisa que a “descompressão perfeitamente natural” advinda dos festejos da permanência não legitima facilitismos nas rondas finais.
“Tentámos motivá-los com novos objetivos e aquela vontade de fazer o melhor possível. Sabemos que não é fácil, já que estamos numa fase de renovações e isso mexe com a cabeça dos jogadores. Só que, a tranquilidade com que chegámos aqui, obriga-nos a ter alguma responsabilidade e a mostrar a razão de termos pontuado tanto”, observou.
O duelo com os ‘beirões’ até parecia encaminhado ao fim de “60 minutos de bom nível”, mas a derradeira meia hora proporcionou “minutos realmente muito maus” por parte do Gil Vicente, com dois golos consentidos que devolveram emoção até ao apito final, levando Vítor Oliveira a exigir melhorias de “concentração” em prol de “um jogo coletivo”.
“Individualmente, já pouca gente resolve os jogos. Quando queremos jogar assim somos fracos, porque não temos talentos que resolvam sozinhos o que tem de ser resolvido em conjunto. Pelo inverso, temos várias provas de que conseguimos bons resultados quando somos coletivamente fortes e temos de ser assim para ganhar mais vezes”, apontou.
No caminho aparece um Belenenses SAD “aquém daquilo que tem exibido” e inserido na luta pela manutenção, naquele que será o segundo duelo entre os dois emblemas depois da resolução do ‘caso Mateus’, que simbolizou o regresso dos gilistas pela via administrativa ao escalão máximo em 2019/20, a partir do Campeonato de Portugal.
“É uma equipa muito bem trabalhada por um treinador quase especialista nestas situações. Vamos encontrar um adversário muito difícil e motivado, a tentar fazer tudo para ficar com os três pontos. Do outro lado teremos uma equipa que sabe o que quer e o que faz e vai dificultar o natural favoritismo atribuído ao Belenenses SAD”, projetou.
Vítor Oliveira terá de colmatar as ausências do guarda-redes Wellington Luís e do defesa Henrique Gomes, ambos entregues aos cuidados do departamento clínico dos minhotos.
O Gil Vicente, nono classificado, com 42 pontos, desloca-se ao Belenenses SAD, na 14.ª posição, com 32, dois acima da zona de despromoção, no domingo, às 19:00, na Cidade do Futebol, em Oeiras, numa partida da 33.ª e penúltima jornada da I Liga, que terá arbitragem de Manuel Oliveira, da associação do Porto.