Ângelo Almeida, de Vila Verde, foi o vencedor do concurso de fotografia do Festival do Chasco Preto, que decorreu em Carrazeda de Ansiães, Trás-os-Montes, levando para casa um prémio de 250 euros.
Diz o júri do concurso que “a imagem que venceu o primeiro lugar mostra a espécie na sua maior elegância, em display para a fêmea, enquanto lhe oferece uma aranha. Além disso, ilustra a relação desta espécie com as construções humanas e documenta um momento natural cada vez mais raro de observar em Portugal”.
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Além de Ângelo Almeida, também Diogo Carvalho e José Alves levaram para casa prémio de 125 e 65 euros, pelos segundo e terceiro prémios.
Segundo uma nota da Câmara local, em colaboração com a associação Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, este festival “trouxe para cima da mesa a importância desta espécie para a região, mas também a importância da região para esta espécie”.
Relembra a organizção, a cargo das duas entidades, que “o chasco-preto encontra no Douro vinhateiro o seu último reduto e depende do património rural para não se extinguir”.
A exposição das imagens distinguidas no concurso ainda poderá ser visitada no CITICA – Centro de Inovação Tecnológico Inovarural de Carrazeda de Ansiães.
O Chasco-preto (Oenanthe leucura) é considerada “uma ave enigmática, que falta na lista de muitos observadores de aves”.
Segundo a identificação levada a cabo pelo portal especializado “Aves de Portugal”, o chasco-preto é “um pouco mais pequeno que um melro-azul”, e é “difícil de identificar quando está pousado”.
Contudo, em voo, é inconfundível, “pois o contraste entre a cauda branca (com um T preto na extremidade) e o resto da plumagem de tom escuro é facilmente visível e elimina qualquer hipótese de confusão”, relata a mesma fonte.
“O chasco-preto já teve em Portugal uma distribuição muito mais alargada que atualmente, havendo registos da sua presença nas Berlengas e em diversos locais do Alentejo. Atualmente a sua distribuição é bastante restrita e a espécie encontra-se fortemente ameaçada”, salienta a Aves de Portugal.
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Em Carrazeda de Ansiães, Trás-os-Montes, realiza-se todos os anos, durante dois dias, um Festival do Chasco-preto, por aquele município ter uma das maiores concentrações da espécie, que está classificada como “criticamente em perigo”, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados.