O Ministério Público (MP) acusou um homem e duas mulheres de vários crimes de furto, de roubo e de falsificação de documento, alegadamente cometidos na cidade de Braga, anunciou hoje a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP).
Em comunicado divulgado na página da Internet, a PGDP diz que o MP considerou indiciado que o principal arguido, de 17 a 25 de setembro de 2023, “levou a cabo vários assaltos” no concelho de Braga, “parte deles em coautoria com as arguidas”.
“Entre os alvos assaltados, sitos em Vimeiro, Penso (Santo Estêvão), Sequeira, Lamas, Gondizalves, Maximinos, Gualtar, Lomar/Arcos e Nogueira, contam-se cinco postos de abastecimento de combustível, uma churrasqueira, um café, um centro de lavagem automóvel, um veículo automóvel e vários outros veículos automóveis a que foram tiradas as matrículas depois apostas nos veículos usados para a prática dos factos”, indica a PGDP.
Como O MINHO noticiou na altura, o suspeito é conhecido como “Vidrinho de Lamas”. Entrava sozinho nos estabelecimentos, sempre com um carro ligado e as duas mulheres dentro do veículo, como mostram as gravações das imagens de videovigilância das quatro estações de serviço assaltadas.
O trio assaltou a Cepsa de Sequeira (17 de agosto), Galp (Grupo Freitas) de Gualtar (17 de setembro), Q8 de Gualtar (23 de setembro) e Shell (antiga BP) de Nogueira (24 de setembro), todas em Braga.
Segundo o MP, num dos assaltos a postos de abastecimento de combustíveis “o arguido muniu-se de uma navalha, e noutros dois de uma arma de ar comprimido semelhante a revólver, objetos que exibiu aos seus interlocutores naqueles estabelecimentos para os compelir a entregar-lhes os valores que ali houvesse”.
O arguido está também acusado de alugar um veículo e de o fazer seu.
De acordo com a acusação, o valor global dos bens apropriados nos assaltos ascende a quase 15 mil euros.
O arguido está sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
As duas arguidas estão em liberdade, mas sujeitas a apresentações trissemanais no posto policial da sua área de residência e proibição de contactos com os lesados.
O homem está acusado de oito crimes de furto, dos quais cinco qualificados, de quatro crimes de roubo – destes, três qualificados -, de um crime de abuso de confiança qualificado e de cinco crimes de falsificação de documento.
As arguidas estão acusadas de cinco crimes de furto, dos quais quatro qualificados, de um crime de roubo e de dois crimes de falsificação de documentos.
A acusação foi proferida em 26 de março pelo MP no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Procuradoria da República de Braga (Guimarães, 1.ª secção).
Com Lusa