Futuro da hotelaria decide-se em Viana

O 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo vai realizar-se entre 20 e 22 de novembro

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raúl Martins, disse hoje, em Lisboa, que são esperados 400 congressistas na reunião anual que organizam para debater o setor e que este ano decorrerá em Viana do Castelo.

“Estimamos cerca de 400 congressistas, o mesmo número dos outros anos em que o congresso acontece fora de Lisboa, que contou com 550” participantes no ano passado, disse hoje, Raúl Martins, aos jornalistas na apresentação do evento em Lisboa.

O 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo vai realizar-se entre 20 e 22 de novembro e tem como tema “Portugal: Preparar o Amanhã”.

Em 23 de setembro, em Viana do Castelo, o presidente da associação do setor já tinha anunciado que os cinco principais grupos hoteleiros portugueses iriam participar no primeiro painel do congresso deste ano, que contará com mais cinco.

“Em 2014, Braga foi palco deste congresso, pelo que, cinco anos depois, faz todo o sentido voltar ao Norte e realizá-lo, pela primeira vez, nesta cidade. Nestes últimos anos, muita coisa mudou, o turismo cresceu, surgiram projetos inovadores e o Norte tornou-se num dos destinos de preferência e referência do nosso país, tendo sido o destino que mais cresceu em 2018, com quatro milhões de hóspedes e quatro milhões de dormidas”, destacou, na altura, e reforçou hoje novamente.

Organizado pela AHP, a maior associação hoteleira nacional, o congresso tem o apoio da Câmara de Viana do Castelo.

O programa inclui, assim, seis painéis e juntará, entre outros, os cinco principais grupos hoteleiros portugueses que representam cerca de 140 hotéis, mais de 20 mil quartos em Portugal.

Raúl Martins sublinhou a importância do debate em torno das perspetivas de um setor que “tem ciclos de expansão e contração, estádios de maturação, concorrência e afirmação de modas, tendências e destinos”.

“Os anos mais recentes em Portugal foram os do ciclo de expansão. Que sinais há no horizonte? Continuaremos a crescer? Como, onde, em que mercados e em que segmentos? Que indicadores temos hoje que nos permitem antecipar o que será o amanhã?”, questionou.

O congresso começa no dia 20 de novembro, pelas 19:00, com uma mostra de produtos regionais.

Os dias 20 e 21 de novembro serão dedicados a debater temas como “Crescer a Norte”, “A Convergência Ibérica”, “O Investimento Hoteleiro em Portugal” e “A transformação da indústria da aviação”, com a presença prevista do ministro Adjunto e da Economia.

O protocolo para a realização do 31.º congresso promovido pela associação e a capital do Alto Minho foi assinado em março, na BTL, em Lisboa, entre a AHP e a Câmara de Viana do Castelo.

Como seduzir Espanha?

A presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse que, entre outros, o congresso deste ano vai ter um painel sobre a convergência ibérica e tentar perceber se é possível captar espanhóis com mais poder de compra.

“Convergência Ibérica. As oportunidades de Portugal em Espanha – Como seduzir Espanha?” vai ser o tema do segundo painel do 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo no dia 21 de novembro, que vai realizar-se entre 20 e 22 de novembro, com o tema “Portugal: Preparar o Amanhã”, em Viana do Castelo.

“Nós temos relação íntima com Espanha. É uma relação de competição, mas simultaneamente de cooperação, e sabendo que o mercado espanhol é o segundo mercado emissor de turistas, mas é o terceiro mercado em termos de recitas e, portanto, está-se também aqui a colocar uma pergunta que é: ‘será que é possível captar turistas espanhóis com mais poder de compra?’”, disse Cristina Siza Vieira aos jornalistas, hoje, na apresentação do congresso em Lisboa.

“Fomos roubar o nome deste painel a uma entrevista que António Trindade deu ao Expresso em julho de 2019 em que ele falava que para podermos ser grandes temos que ultrapassar as picardias que temos habitualmente com Espanha (…), as razões destas picardias e ir mais longe porque para nos afirmarmos, sobretudo, em mercados como o norte-americano – e não só, mesmo na América Latina, etc – devíamos afirmar Portugal como um destino ibérico”, explicou Cristina Siza Vieira.

“O nosso futuro turístico passa por esta convergência e união de esforços com Espanha. Portugal tem de pensar de forma mais abrangente, tem de criar em parceria com Espanha um elemento de atração chamado ‘ibéria’, que vai permitir um crescimento sustentado das rotas aéreas oriundas dos EUA, a manutenção das operações sul-americanas – no nosso caso, muito baseado no Brasil – e, acima de tudo, fazer crescer o número de turistas que chegam da América Latina”, acrescentou.

Antes deste painel, o congresso abordará o “Investimento hoteleiro em Portugal”, que contará a visão dos grandes grupos hoteleiros portugueses, que irão partilhar as suas experiências e debater se ainda se vivem tempos de oportunidade para investimento e quais as vantagens e desvantagens da escala.

Já o terceiro painel debate os “Desafios da comercialização digital”. Pretende-se abordar o que já mudou e o que vai mudar no negócio da distribuição, os novos desafios e oportunidades para a hotelaria “vender mais e melhor”, “uma análise aos desafios da comercialização digital de pequenas, médias e grandes unidades hoteleiras”.

O primeiro dia termina com um debate sobre os desafios da oferta e procura nos principais mercados internacionais, no mercado da aviação, sob o painel “Game Changing: a transformação da Indústria da Aviação e as implicações para Portugal”.

O quinto – e primeiro painel do segundo dia de congresso – tem como tema “Crescer a Norte”. Em seis anos, o turismo na região Porto e Norte “cresceu fortemente, bem acima da média nacional, e pretende-se discutir ‘Como se faz a gestão do Turismo na região Norte'”, exemplificou a responsável.

“As oportunidades que temos – a nossa singularidade” será o sexto painel em discussão.

 
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