O município de Viana de Castelo, em parceria como o Igespar, vai lançar, até ao verão, uma linha de apoio de 200 mil euros para incentivar à recuperação de património privado da cidade.
José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal, justificou a criação desta linha de apoio com o facto da recuperação deste tipo de património ser dispendioso.
“Reabilitar um edifício antigo é mais caro, até por causa das técnicas envolvidas”, afirmou, apontando como exemplos de imóveis a recuperar com esta linha de apoio a Igreja de São Domingos e a Capela das Malheiras.
Segundo José Maria Costa, a fachada da Igreja de São Domingos, pertencente à Diocese de Viana do Castelo, “precisa de reabilitação por estar com graves problemas”, realçando a importância da parceria com o Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (Igespar).
Aquela igreja integra o antigo convento de Santa Cruz depois designado de São Domingos, tal como a igreja, mandado construir por Frei Bartolomeu dos Mártires. Foi naquele convento que o beato morreu, a 16 de julho de 1590, e é nele que se encontra sepultado.
A igreja, do século XVI, tem uma fachada maneirista onde ressaltam esculturas em granito, sendo o retábulo barroco da capela-mor um dos mais representativos do chamado “estilo nacional”.
A Capela das Malheiras, obra de Nicolau Nasoni, é outro dos imóveis de valor patrimonial da cidade que o autarca socialista quer incluir nesta linha de apoio.
“É uma preciosidade da cidade que está muito debilitada”, frisou.
Também designada de Capela do palacete dos Malheiro Reimão, a Capela das Malheiras é considerada um dos mais importantes exemplares da arquitetura rococó do país. Além da fachada, o interior da capela apresenta um retábulo em talha policromada, da mesma época e estilo, da autoria de André Soares.
“Vamos apoiar outras situações que apareçam para reabilitação do património da cidade”, declarou José Maria Costa.
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