O treinador do Arouca, Vasco Seabra, analisou hoje o reencontro de Armando Evangelista, agora técnico do Famalicão, com os arouquenses, na 11.ª jornada da I Liga de futebol, considerando o seu adversário uma “figura incontornável” dos ‘lobos’.
Depois de ter igualado a melhor classificação e pontuação de sempre do clube na I Liga – quinto lugar, com 54 pontos -, em 2022/23, com direito a um histórico apuramento para a Liga Conferência, Evangelista surge agora como adversário.
Vasco Seabra reconheceu o papel que o seu homólogo do Famalicão e “amigo pessoal” teve em Arouca, mas considera que se trata apenas de uma questão emocional, sem reflexos no decorrer da partida, e foi bastante elogioso para com a formação famalicense, que diz ser “muito forte”, tanto do ponto de vista individual como coletivo.
“É uma equipa muito forte, que joga muito com o envolvimento dos adeptos também. Individualmente, é muito capaz, mas nós obviamente vamos com a nossa ambição de ganhar. Espero que o Armando [Evangelista] fique muito triste no final. É um amigo pessoal também, mas nada de especial, faz parte do futebol. É óbvio que é uma figura incontornável do clube e ainda bem que o é, sinal de que teve sucesso, por isso, é um feliz reencontro. Mas não é o essencial”, analisou, em conferência de antevisão à deslocação de sábado.
Tendo também uma vasta experiência em reencontros, devido ao facto de já ter acumulado passagens por vários emblemas do futebol português, o técnico do Arouca considera que o melhor conhecimento do adversário é uma “vantagem diminuta”, numa altura em que as análises aos oponentes são exaustivas e altamente profissionalizadas.
“A vantagem é diminuta, é uma coisa mais até emocional, quando a gente acaba por rever pessoas que foram importantes para nós. Acredito que possa ser interessante o reencontro, dar um abraço, a parte emocional, por terem lutado juntos por determinados objetivos. Neste momento, toda a gente faz análises muito profundas, a tentar prever o que acontece no jogo. No apito inicial, é uma vantagem que desvanece”, explicou.
Depois de uma derrota na estreia, na receção ao Sporting de Braga (2-1), o treinador mostrou-se, uma vez mais, muito satisfeito com a entrega, o “jogo mais agressivo”, dos seus atletas, nomeadamente na reação aos dois golos de desvantagem, mentalidade que poderá deixar a equipa mais próxima de fugir ao atual 16.º lugar no campeonato.
“Essa mentalidade, esse querer ganhar, um jogo mais agressivo, é uma das coisas que nós obviamente queremos introduzir, porque tem a ver connosco. Não quer dizer que o que estivesse para trás fosse mau, mas tem a ver com formas de estar diferentes. E esse é o nosso ponto de partida inicial para todos os jogos da época, que realmente nos deu o orgulho na parte final do jogo, como já disse acerca dos jogadores”, reiterou.
Nino Galovic, Eboué Kouassi e Matías Rocha mantêm-se como ausências confirmadas por lesão.
O Arouca, 16.º classificado da I Liga, com sete pontos, desloca-se ao terreno do Famalicão, sétimo, com 16, com início marcado para as 18:00 de sábado, sob arbitragem de Miguel Nogueira, da Associação de Futebol de Lisboa.