Variante Famalicão-Trofa-Maia custou 53 milhões e demorou 10 anos

Tem 20 quilómetros
Variante famalicão-trofa-maia custou 53 milhões e demorou 10 anos
Foto: CM Trofa

A variante à Estrada Nacional (EN) 14, entre Maia, Trofa e Vila Nova de Famalicão, custou cerca de 53 milhões de euros e a sua construção demorou 10 anos, disse hoje fonte da Infraestruturas de Portugal (IP) à Lusa.

Com um total de cerca de 20 quilómetros de extensão, a variante vai aliviar a “saturada e estrangulada” EN14, por onde passam diariamente 25 mil viaturas, uma boa parte das quais camiões.

Hoje, foi inaugurado o último troço, que custou 12,5 milhões de euros e tem uma extensão de 2,4 quilómetros, incluindo uma nova ponte sobre o rio Ave, ligando Trofa e Famalicão.

A nova ponte, com 163 metros de extensão, localiza-se na zona de Carqueijoso, ligeiramente a norte do Hospital da Trofa, cerca de um quilómetro a montante da atual ponte sobre o Rio Ave na EN14.

“Com a abertura ao tráfego deste troço, fica assim concluída a nova variante à EN14, que irá eliminar os atuais constrangimentos à mobilidade no atravessamento do centro urbano da Trofa, melhorar as acessibilidades ao Hospital da Trofa e à estação de caminho-de-ferro, e diminuir os tempos de percurso para o tráfego com destino às zonas industriais e comerciais existentes”, refere a IP.

O último troço passou pela construção de quatro rotundas e de um conjunto de restabelecimentos desnivelados, que vão assegurar a ligação à rede viária local.

O investimento foi desenvolvido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Segundo a IP, a obra vem melhorar as condições de segurança e acessibilidade “numa zona densamente povoada e com grande dinâmica empresarial, mas fortemente condicionada pelo elevado grau de congestionamento e pressão marginal que caracterizam a atual EN14”.

Acrescenta que, além de solucionar os problemas de fluidez de tráfego, a variante vai também contribuir para aproximar a indústria aos eixos que constituem a malha fundamental para o transporte de pessoas e mercadorias, tendo como foco a rede de autoestradas que caracteriza a envolvente (A3, A7 e A28).

A IP diz que a nova variante vai ainda potenciar a zona de influência do Aeroporto Sá Carneiro e do Porto de Leixões e melhorar a articulação com as infraestruturas ferroviárias.

A obra vinha sendo reivindicada por autarcas e empresários da região há cerca de 35 anos.

“Vai potenciar a competitividade do nosso tecido produtivo”, referiu o autarca de Famalicão, Mário Passos, sublinhando que aquele já é “o terceiro concelho mais exportador de Portugal”.

Na inauguração, o ministro das Infraestruturas e Habitação criticou o tempo que se demora em Portugal a tomar decisões e a concretizá-las.

“Isto [variante à EN-14] é uma história longa, de quase 35 anos, que deixa claro como é que este país demora tanto tempo a tomar decisões. Tanto tempo a tomar decisões e depois tanto tempo a concretizar (…). É um país que demora muito a tomar decisões”, vincou.

Acrescentou que não é possível demorar 35 anos para a conclusão de uma obra “tão importante e tão essencial” como, por exemplo, a variante à EN14.

 
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