A organização da Maratona do Porto pediu hoje esclarecimentos à World Athletics (WA) sobre o controlo antidoping positivo de Alice Jepkemboi Kimutai, em setembro, que poderá custar à queniana o título conseguido em 06 de novembro último. A famalicense Vanessa Carvalho, do SC Braga, que ficou em segundo pode herdar o triundo.
“Hoje, fomos surpreendidos pelas notícias e publicações nas redes sociais, pedimos de imediato esclarecimentos à WA”, disse Jorge Teixeira à agência Lusa, lembrando que os dois primeiros classificados das provas masculina e feminina “fizeram testes antidoping, dos quais ainda aguardam os resultados”.
De acordo com um comunicado da Unidade de Integridade do Atletismo (UIA), divulgado na segunda-feira, a atleta queniana acusou o consumo de testosterona em 20 de setembro, data a partir da qual não serão considerados os seus resultados.
Depois, em 06 de novembro, a queniana venceu a Maratona do Porto com a marca de 2:29.58 horas, tendo, na segunda-feira, sido suspensa pela UIA por um período de três anos, com efeitos a partir de 16 de novembro.
Jorge Teixeira assegurou que a Maratona do Porto “comunicou, como sempre, a lista de inscritos à WA, e não foi informada de qualquer impedimento”.
O diretor do evento explicou que a queniana ainda não recebeu o prémio pela vitória, pois este só é pago quando forem conhecidos os resultados dos testes antidoping realizados no final da prova.
Com a desclassificação de Alice Jepkemboi Kimutai, Vanessa Carvalho (SC Braga), que foi segunda, em 2:35.24 horas, herda o triunfo na prova portuense, tornando-se na primeira portuguesa a atingir o pódio desde 2017.