A empresa Sword Health, co-fundada pelo ex-aluno da Universidade do Minho, Fernando Correia, distribuiu cerca de 100 milhões de euros pelos trabalhadores através da venda de ações que beneficiaram cerca de 100 funcionários da empresa em Portugal.
A oferta terá sido feita por investidores estrangeiros e a empresa aceitou não numa lógica de investimento mas sim de recompensa perante os funcionários que quisessem vender as chamadas “stock options”. Apenas os funcionários mais antigos receberam esta mais-valia e alguns deles não quiseram vender.
Como O MINHO noticiou, a Sword Health é a tecnológica que mais rapidamente cresce no país, exportando quase todo o seu serviço para os Estados Unidos. A ‘start-up’ que começou com 70 colaboradores em 2019, conta agora com 750, mais de 300 em Portugal.
“Na Sword acreditamos profundamente na meritocracia, e essa tem sido uma das principais razões por detrás do nosso sucesso. Um elemento da nossa equipa que crie valor para a Sword tem de ser recompensado de igual forma. Este princípio é a base do nosso ciclo virtuoso, onde excelência gera ainda mais excelência, mas também retorno direto para o nosso talento. Por isso é que todos os nossos colaboradores têm ações da Sword e liquidez real sobre as mesmas”, disse o fundador e CEO da Sword Health, Virgílio Bento, em comunicado enviado à imprensa.
Ainda segundo a administração da empresa, esta ronda de venda de ações despertou interesse de mais investidores, anunciando assim uma nova injeção de capital de cerca de 30 milhões de dólares. Estes novos investidores não vão alterar a estrutura diretiva da empresa, assegurou Virgílio Bento.
Avaliada em mais de mil milhões de dólares, que lhe confere o estatuto raro de uma empresa unicórnio em Portugal, a Sword Health – fundada em 2015 – criou a primeira solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas e fechou uma ronda de financiamento, em 2021, no valor de 189 milhões de dólares.
Fernando Correia, um dos fundadores e elementos da atual administração, completou o doutoramento em Medicina na Universidade do Minho, com uma tese “focada na validação de programas digitais para a reabilitação após a substituição do quadril ou joelho”, pode ler-se no arquivo da academia disponível online.
A Sword Health passou de 70 para quase 600 colaboradores entre 2019 e 2022, período de análise do prémio.
“Atualmente, somos cerca de 750 a nível global, dos quais mais de 300 em Portugal”, adiantou fonte da empresa a O MINHO
Em maio de 2023, a empresa foi considerada a 26.ª empresa com o crescimento mais rápido nos Estados Unidos. A avaliação partiu da revista de especialidade INC, que elaborou uma lista com 5.000 empresas ao redor do globo. No setor da saúde, a Sword Health ficou em terceiro lugar.
