A União de Freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro, em Braga, ameaçou esta quinta-feira “encerrar as contas” na Caixa Geral de Depósitos se o balcão em Celeirós for fechado e avisou que vai “aconselhar a população a fazer o mesmo”.
“A posição da junta de freguesia, a partir do momento em que a Caixa encerrar em Celeirós, é que vai fechar a conta que ali tem aconselhar a população a fazer o mesmo”, afirmou, ao início da tarde, Cristina Lago, a representante daquela autarquia numa ação do PCP contra o anunciado encerramento de três balcões do banco público em Braga (Celeirós, São Vicente e Nogueira).
Segundo Cristina Lago, com o encerramento do balcão em Celeirós, desaparece “aquela parte do serviço público que a Caixa Geral de Depósitos deveria fazer”.
Aquela União de Freguesias acusou ainda o banco gerido por Paulo Macedo de não ter informado “ninguém”: “A atitude da Caixa é uma impensável. Nós, como autarquia, não fomos informados de nada. Não nos pediram a colaboração para uma solução alternativa, nada, nem como clientes, nem como instituição pública”, apontou.
A representante da União de Freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro referiu o transtorno para a população mais idosa se o balcão naquela freguesia fechar mas também para a economia local.
“Vai prejudicar todos os residentes, mas também as populações das freguesias vizinhas. Aqui temos uma população muito envelhecida que utiliza o balcão, que se desloca a pé, e o encerramento leva a que o balcão mais próximo seja em Maximinos, a oito quilómetros”, disse.
Além disso, explanou, “estão a desconsiderar o parque industrial que temos aqui e as muitas indústrias que podem tirar as suas contas da Caixa também”.
O encerramento dos balcões da Caixa Geral de Depósitos de Celeirós, São Vicente e Nogueira está previsto para o final do mês de junho.