A Universidade do Minho vai assinar um protocolo com a Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE), através do qual esta instituição lhe cede, a título gracioso e definitivo, um importante arquivo documental relativo à história da Diamang, a Companhia de Diamantes de Angola, fundada em 1917 e extinta em 11 de novembro de 1975.
A assinatura do protocolo realiza-se esta quarta-feira, às 15:00, na Reitoria, em Braga.
A cerimónia conta com as intervenções de Bernardo Reis, antigo administrador da Diamang e responsável pela classificação e inventariação do volumoso espólio arquivístico da companhia, Rui Vilela e Eduardo Lima, da SPE, Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, e António Sousa, diretor do Arquivo Distrital de Braga (ADB), unidade cultural daquela academia. Está ainda prevista a presença do diretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Silvestre Lacerda.
A Reitoria adiantou que “o protocolo consigna a já anterior cedência, em 1998, do arquivo fotográfico da Companhia, composto por cerca de 40 mil negativos e vários álbuns, em depósito na Fototeca do Museu Nogueira da Silva, e de diversos documentos jurídicos, que foram incorporados nos Serviços de Documentação da UMinho”. A este espólio somam-se agora vários documentos que evidenciam a atividade da Diamang em todos os seus âmbitos, organizacionais e técnicos, o qual se encontra já em depósito no ADB, e um fundo bibliográfico, que será incorporado na Biblioteca Pública de Braga.
A UMinho “passa assim a ser depositária de mais um relevante património arquivístico, que se afigura imprescindível para o estudo da companhia de diamantes, do processo colonial e da própria história portuguesa do século XX”. Nos termos do protocolo, a instituição minhota obriga-se a organizar e conservar os documentos, que passam a estar à sua guarda, com vista a futuras investigações no âmbito da sua atividade académica e científica, já em curso.