Roger Schmidt salientou hoje que a sua função” enquanto treinador de futebol do Benfica passa por garantir que “o que conta é o Benfica” e que a equipa esteja preparada para “ganhar o jogo” frente ao Gil Vicente.
Em conferência de imprensa de antevisão ao jogo da terceira jornada frente ao Gil Vicente, o técnico do Benfica optou por manter-se alheio à habitual ‘azáfama’ correspondente aos últimos dias do mercado de transferências, assinalando que o seu trabalho consiste em “estar completamente focado na equipa”.
“Alguns agentes querem que os seus jogadores saiam para fazer dinheiro, há sempre muita confusão nestas semanas, mas a minha função enquanto treinador do Benfica é estar completamente focado na equipa, no que temos de fazer, e a única coisa que conta é o Benfica”, vincou o técnico alemão no Benfica Campus, no Seixal.
Roger Schmidt deixa claro que o único objetivo na sua mente é o de “ganhar o jogo de amanhã (sábado)”, em Barcelos, e que o seu foco está nos “22 jogadores e três guarda-redes” que comanda, não esperando sofrer muitas alterações no plantel com tão poucos dias de mercado de transferências pela frente [o período de inscrições fecha dentro de uma semana].
“Temos de ganhar o jogo de amanhã (sábado) e a situação atual na nossa equipa é que temos 22 jogadores e três guarda-redes, o que é bom, mas é o mínimo e não podemos perder muitos jogadores, é impossível especialmente uma semana antes do encerramento do mercado. Neste momento, acontece sempre algo nos bastidores e alguns ajustes ainda são possíveis”, reconheceu.
O técnico abordou a atual disputa por um lugar na baliza do Benfica e desvalorizou a polémica criada relativamente à situação do guarda-redes Odysseas Vlachodimos, indicando que a sua postura passou apenas por “ser o mais honesto possível” com o grego, tal como pretende sê-lo para qualquer um dos seus jogadores, independentemente da posição que ocupam em campo.
“Tento ser honesto, muito honesto quanto às minhas opiniões sobre os jogadores e os jogos. Tão honesto quanto possa ser, penso que não esteve no topo da forma. Não importa qual a posição do jogador, se é um guarda-redes, um médio centro ou um avançado, não é um problema falar sobre isso. Não foi uma crítica à pessoa, apenas àquilo que se passou no jogo”, justificou.
Contando com Vlachodimos no grupo, Roger Schmidt mostrou-se satisfeito pela quantidade e qualidade dos jogadores que tem à disposição e assinalou que os habituais ‘rumores’ de mercado e algum ruído habitual durante a semana não interfere com a preparação da equipa.
“O que vejo neste momento é muito bom, estou feliz com eles, com os seus atributos. Há sempre rumores e ruído à volta do clube, mas não na nossa equipa”, assegurou o alemão, que mostrou confiança em todo o plantel.
Sem poder contar com David Jurásek, que recupera de uma lesão nos ligamentos do tornozelo, Schmidt defendeu a sua escolha de adaptar o médio Fredrik Aursnes à posição de lateral esquerdo, revelando que o jogador está também habituado a desempenhar essa função.
“Ele [Aursnes] está habituado a jogar no meio-campo ofensivo, no lado esquerdo, e na época passada rodou muitas vezes e foi muitas vezes também responsável pela posição de lateral esquerda não só a atacar, como também a defender. Está, por isso, habituado a isso e tivemos de tomar uma decisão”, explicou o técnico.
Roger Schmidt justificou a escolha de Aursnes para a lateral esquerda em função da necessidade de “encontrar espaços” e de ter a bola na sua posse para o fazer, o que motivou a entrada de mais um médio.
“A minha escolha nessa jornada passou por ter o Fredrik aí e mais um jogador no meio-campo ofensivo. Nestes jogos temos muita posse de bola e temos de encontrar soluções e mais alguns espaços, como vimos na semana passada contra o Estrela da Amadora”, concluiu.
O Benfica defronta o Gil Vicente no sábado, em encontro da terceira jornada da I Liga de futebol com início previsto para as 20:30, no Estádio Cidade de Barcelos, com arbitragem de João Pinheiro, da Associação de Futebol de Braga.