Foi aprovada, na reunião do executivo camarário vimaranense de quinta-feira, a adjudicação, à construtora de Barcelos F. M. Magalhães, da obra de requalificação da Torre da Alfândega. Um dos últimos vestígios da muralha que outrora rodeava a Cidade Berço passará a ser visitável.
Os trabalhos estão orçamentados em 1,4 milhões de euros, distribuídos por dois anos, 520 mil euros, em 2022 e 916 mil euros, em 2023. O contrato aguarda agora o visto do Tribunal de Contas para que a empreitada possa começar. O prazo para a conclusão da obra é de um ano.
Recorde-se que uma primeira fase desta intervenção arrancou em fevereiro de 2020, sendo interrompida, em setembro do mesmo ano, por terem sido encontrados vestígios de interesse arqueológico.
O projeto de intervenção no edifício, Património Nacional, teve que ser reajustado de acordo com as exigências dos técnicos da Câmara e da Direção Regional de Cultura de Norte, para preservar os achados arqueológicos. Segundo declarações do presidente da autarquia, a anulação do contrato anterior não implicou nenhuma indemnização.
A requalificação prevê a demolição da estrutura contruída no interior da torre e a criação de um elevador panorâmico e de uma escada de ferro, para permitir o acesso ao terraço. Do topo da torre será possível ter uma visão panorâmica sobre a alameda de S. Dâmaso, largo do Toural, largo Condessa do Juncal e sobre o Centro Histórico intramuros.
A torre onde se pode ler “Aqui Nasceu Portugal” é, a par com o tramo de muralha que ladeia a avenida Alberto Sampaio, o último vestígio da fortificação que rodeava a cidade.
A construtora a quem foi adjudicada esta requalificação, a F. M. Magalhães, é conhecida, em Guimarães, pela reabilitação da Fábrica Freitas Fernandes, na zona de Couros, em 2019. Neste edifício está agora instalada a Universidade das Nações Unidas e o Mestrado Europeu BIN, liderado pela Universidade do Minho.