A Fundação Norman Foster e a DST fecharam uma parceria para a criação de um laboratório vivo de investigação e testagem de soluções à escala real no âmbito da construção modular e pré-fabricação, em Braga, um projeto que promete “transformar a construção em Portugal”. Em declarações ao jornal Expresso, José Teixeira, presidente da DST, adianta que se trata de um investimento, entre as 48 entidades envolvidas, de 215 milhões de euros e que criará 800 empregos.
O projeto, candidado a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, é definido como “uma espécie de Autoeuropa para a construção de habitação modular”.
“Acreditamos que há a oportunidade de incluir desenho na construção modular e demonstrar que este tipo de construção pode ser uma linha de montagem como a dos automóveis, onde há diferentes modelos”, acrescenta José Teixeira àquele semanário.
Trata-se da “criação de um laboratório vivo que irá desenvolver e promover soluções no campo da construção modular e pré-fabricação, de modo a responder de forma eficiente às necessidades crescentes do mercado mundial”, refere em comunicado a DST, grupo que recentemente adquiriu a Efacec.
Nesta estratégia, a equipa da Fundação Norman Foster, liderada pelo conceituado arquiteto Norman Foster, assumirá a posição de consultor de investigação e líder de design, trabalhando com outras entidades, numa equipa multidisciplinar, que desenvolverá o design conceptual dos sistemas de construção e de soluções modulares e de pré-fabricação.
Para a concretização deste desafio, a DST desenvolverá no seu campus, em Braga, um empreendimento, designado Living Lab, com cerca de 4.000 metros quadrados e aproximadamente 100 unidades modulares habitáveis.
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, afirmou ao Expresso que está satisfeito com o projeto, que colocará “a cidade na liderança nacional e até internacional” de um dos grandes desafios do momento, que é a construção sustentável.
“Seja no desenvolvimento do projeto, dos materiais utilizados ou na formulação dos processos construtivos, Braga já está a ser uma vanguarda da inovação”, afirma, referindo-se também ao grupo Casais.
Quanto aos licenciamentos, salienta que já há uma “via verde”.