Declarações dos treinadores do FC Porto e do Vizela no final do encontro da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, que os ‘dragões’ venceram por 1-0:
– Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “Pontuar? Surpresa não. Era o que o Vizela merecia. Um jogo entre duas grandes equipas, tivemos um desempenho fabuloso. Jogar com esta coragem e qualidade. O FC Porto conseguiu desmontar o nosso jogo às vezes através de bolas paradas e numa delas conseguiu finalizar. É inglório. Tenho que estar satisfeito pelo que os meus jogadores fizeram. Mas estamos tristes e frustrados.
O nosso crescimento no ano passado foi muito importante. O que estamos a fazer deve-se à maturidade da equipa e ao crescimento destes jogadores. Jogadores com mentalidade de campeões.
Em relação à arbitragem, todos nós estamos a aprender, todos temos que valorizar o espetáculo. No final do jogo tive o prazer de falar com o árbitro, dar a minha opinião e tenho a certeza que na próxima semana, tanto eu, como ele, como o Sérgio vamos estar ainda melhor, aproveitar e valorizar ainda mais o futebol português.
Olhando para o que foi a nossa exibição, o nosso desempenho, nós tínhamos que sair daqui com pontos. Não tenho dúvidas nenhumas que nós se naquelas oportunidades que tivemos passássemos para a frente, agora estaríamos aqui a falar de outro resultado. Não estávamos a falar sobre o FC Porto. Não tenho dúvidas nenhumas.
A exibição que tivemos foi fantástica. Estou satisfeito. Não com o resultado mas com a exibição”.
– Sérgio Conceição (treinador do FC Porto): “É tudo junto. Uma má entrada nossa, mérito do adversário, não sermos fiéis ao que temos feito. Não podemos viver à custa do passado e do jogo anterior. Temos sempre a consciência que os adversários têm intenção de nos contrariar na nossa dinâmica e nós temos que estar sempre no máximo para que não consigam.
Nos últimos jogos as coisas correram bem e hoje tinha tudo para correr bem. Claro que não podemos chegar a todos os campos e ganhar por três ou mais. Vimos num passado recente pelos nossos rivais que os jogos não são nada fáceis. Há mérito do Vizela, mas só teve um remate enquadrado, também não criámos muito para aquilo que estamos habituados a fazer e temos qualidade.
Parabéns aos jogadores porque correram. Antes de começar o jogo senti alguma apatia do balneário, que é algo de que não gosto muito. Tentei alertar ao plano emocional e que seria um jogo difícil.
Os jogos dão sempre coisas negativas e positivas. Andamos sempre atrás da perfeição. Temos que olhar para este e principalmente para nossa entrada que condicionou o desenrolar da primeira parte.
Na segunda parte, não é que fosse deslumbrante, mas ganhámos e foi de uma forma justa.
(300 jogos ao serviço do FC Porto) É um misto de sentimentos. Não estou radiante também pelo desenrolar do jogo. As coisas não correram da melhor forma. Estou contente pelos 300 jogos, mas há também a tristeza pela perda do pai do Eduardo (elemento da equipa técnica). A minha equipa técnica também alcança esta marca de jogos. Mas depois também tive a notícia de um ex-colega que está mal no hospital… por isso não consigo estar feliz”.