Têxtil de Guimarães que despediu 60 trabalhadores diz não ter alternativa

Foto: Google Maps

A empresa dedicada ao têxtil-lar Be Stich, com sede em Guimarães, justificou o despedimento de 60 trabalhadores e o atraso no pagamento do subsídio de férias a outros 200 com o “momento” que o setor atravessa, considerando-o de “crise”, afirmando não ter outra alternativa que não o despedimento.

Numa carta enviada aos trabalhadores despedidos, tornada pública esta quinta-feira pelo Bloco de Esquerda, a empresa refere que “a crise que neste momento atravessa o setor têxtil” que terá levado à “diminuição da procura dos bens e serviços desta empresa” e “obriga à redução dos seus custos operacionais”.

Para a Be Stitch, é necessária uma “reorganização e reestruturação”, incluíndo “a sua produção, o seu planeamento e a sua estrutura de direção, com a necessária e urgente contração dos custos inerentes”.

Dedicada à produção de produtos para a casa, designadamente para cama, banho e de mesa, esta empresa, com vinte anos de laboração, conta com cerca de 200 trabalhadores. O seu proprietário é Rui Machado, presidente do Pevidém Sport Clube.

A Be Stich prossegue afirmando que “o mercado não permite prever uma recuperação que justifique a manutenção dos postos de trabalho em causa, cujo custo se torna demasiado oneroso em face dos resultados expectáveis”, não há “condições para continuar a laborar com todos os seus trabalhadores, não lhe restando outra alternativa senão promover o despedimento coletivo”.

Para o Bloco de Esquerda, que enviou detalhes da carta às redações, é “fundamental que as instituições devidas intervenham, de modo a assegurar o pagamento integral de todos os valores devidos aos trabalhadores despedidos bem como aos que se encontram ainda em funções”.

 
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