Os canoístas Fernando Pimenta e José Ramalho exultaram hoje com o primeiro título europeu de K2 em maratonas, em Ponte de Lima, prometendo agora ir atrás do ‘tetra’ mundial em setembro na Hungria.
“Como é óbvio, vou preparar-me para os mundiais, de velocidade e de maratonas, mas daqui a 10 dias ainda tenho os Europeus de pista. Mas sem dúvida que esse é o objetivo, é conseguirmos o quarto título consecutivo mundial e igualar o maior número de títulos mundiais de um K2 e continuar a trabalhar, continuar a sonhar, continuar a somar títulos para Portugal”, disse Fernando Pimenta.
Em declarações à Lusa, o atleta olímpico falava depois de deixarem ao rubro milhares de pessoas nas margens do rio Lima, com o triunfo na prova de 29,8 quilómetros com o tempo de 02:01.57 horas, superando os húngaros Adrian Boros e Tamas Erdelyi, por dois segundos, e os espanhóis Miguel Llorens e Alberto Plaza, por cinco.
No caso de Pimenta, dois ouros em outras tantas provas, depois de ter sido o mais bem-sucedido na ‘short race’, de apenas 3,4 quilómetros: “Demonstrámos o nosso poder e que em Portugal os títulos ficam cá e pronto”.
“Ver também o meu colega José Ramalho fazer o ‘triplete’ – conseguir uma medalha de bronze, uma de prata e no final uma de ouro – é sem dúvida giro também, porque é algo que nós também ambicionámos, conseguir este tipo de feitos. Com este ambiente, o público empurrou-nos na parte final”, elogiou.
José Ramalho disse estar “muito feliz” por mais um êxito ante os compatriotas, confessando que hoje se sentiu a “100%” depois de no sábado ter sido prata em K1, muito perto do ouro.
“Estamos bastante felizes, foi uma prova dura, com bastantes peripécias pelo caminho, situações para recordar. Daqui a uns anos vamos lembrar destas coisas, trouxe mais entusiasmo a esta prova. Felizmente conseguimos o ouro e é isso que importa”, vincou o canoísta de 42 anos.
José Ramalho agradeceu o apoio durante toda a prova da “grande moldura humana” , considerando-a fundamental para aguentar um desafio extremamente difícil: “sob uma temperatura de 30 graus e a gritar o nosso nome, a gritar por Portugal… e nós entregamos-lhes o ouro”.
“Agora vamos trabalhar para o ‘tetra mundial’. O tri já está, agora vamos trabalhar e em setembro temos o campeonato do mundo, no qual vamos lutar pela vitória. Como sempre, alinhamos para ganhar e vamos estar na luta”, concluiu.
Portugal terminou os Europeus de maratonas com nove medalhas, sendo quatro de ouro, quatro de prata e uma de bronze.
