Quatro terrenos pertencentes à empresa Arlindo Correia e Filhos (ACF), histórica construtora da cidade de Braga, estão em leilão por causa de um processo de insolvência que a firma atravessa.
Segundo o administrador da massa insolvente de Arlindo Correia e Filhos, S. A.F, a transmissão dos imóveis será efetuada depois do pagamento integral do preço e respetivos impostos.
Desta vez, os terrenos em causa vão a ‘arremate’ pelo valor de 1.411.772,94 euros, mas podem ser vendidos por um valor mínimo de 1.200.000 euros. O lance atual encontra-se em 750 mil euros.
Um dos terrenos é o Campo e Leira da Agra de Cima, uma área de 4.170 metros quadrados com um pomar e zona de cultivo, situado em Ferreiros, Braga.
Os outros três terrenos estão localizados na freguesia de Lomar, Braga: O Campo do Juncal, uma área de 10.620 metros quadrados com videiras em cordão e zona de cultivo, a Leira da Agra, com 2.600 metros quadrados, e ainda a Leira do Cerdido, um terreno de mato e árvores numa área de 4.700 metros quadrados.
A plataforma e-leilões, onde os terrenos se encontram em leilão, avisa que estes “bens” não se incluem na unidade operativa de planeamento e gestão, pelo que os compradores devem formalizar estes dados junto da Câmara de Braga.
Patriarca e matriarca já morreram. Guerra entre irmãos dura há anos
Os fundadores da construtora, Arlindo Correia e Rosa Ferreira, morreram em 2021 e 2022, respetivamente, mas já não tinham qualquer posição de gestão na empresa, sendo esta liderada há anos por António Correia e pelo filho Filipe Correia.
São conhecidas desavenças entre os gerentes da ACF e um irmão, Custódio Correia, que em janeiro deste ano foi notícia depois de ter sido detido pela Polícia Judiciária por suspeitas de corrupção em negócios de obras na ilha da Madeira.