A maioria PS na Câmara de Viana do Castelo decidiu hoje reverter a cedência, deliberada em 2000, de um terreno na vila de Darque, que ia receber uma esquadra da PSP, para ali poder construir um interface rodoferroviário.
A proposta socialista, apresentada hoje em reunião ordinária do executivo municipal, recolheu o voto contra da CDU, que viu recusado o pedido para que aquele ponto fosse retirado da ordem de trabalhos da reunião, e a abstenção do PSD.
No final da reunião camarária, em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara explicou que aquela parcela de terreno, com 2.395 metros quadrados, “está inserida na estratégia de reabilitação urbana, aprovada em 2016, que definiu como prioridade a melhoria da mobilidade da freguesia de Darque, criando condições no apeadeiro do lugar da Areia”, naquela freguesia da margem esquerda do rio Lima.
Explicou que a criação daquela infraestrutura surge na sequência “da modernização da Linha do Minho, que prevê para o referido local a construção de um interface rodoferroviário, obra de vital importância para o concelho”
“Ao ultimarmos o projeto para formalizar a candidatura para a construção daquele interface rodoferroviário, reparamos que nunca se procedeu à realização da escritura que efetivasse a doação de terreno. Foi isso que fizemos hoje”, disse.
José Maria Costa garantiu que a decisão hoje tomada não representa “o desinteresse na construção de uma esquadra em Darque”.
“A câmara continua a estar preocupada com a segurança. Aliás, entendemos que era necessário haver reforço de efetivos. Se houver, em qualquer momento, alguma intenção da PSP, de construir uma esquadra em Darque, temos terrenos. Rapidamente encontraremos uma solução com igual centralidade”, frisou.
Na declaração de voto que apresentou para justificar a rejeição da proposta socialista, a vereadora da CDU, Cláudia Marinho, referiu que “a vila de Darque precisa e anseia de transmitir maior segurança aos seus habitantes e, por isso, reclama uma esquadra da PSP há mais de 30 anos”.
Já os dois vereadores do PSD, Paula Veiga e Hermenegildo Costa, abstiveram-se por “compreenderem a população de Darque, que reclama por mais medidas de segurança, mas também por entenderem as razões do executivo municipal que quer utilizar o terreno em causa para construir o interface rodoferroviário”.