Telhado de amianto preocupa profissionais da PJ de Braga

Um telhado em placas de amianto, paredes-meias com o edifício da Policia Judiciária de Braga, está a preocupar os funcionários daquela instituição, porque nos últimos anos já se registaram 12 casos de doenças oncológicas, um dos quais mortal, entre cerca de uma centena de trabalhadores da PJ de Braga.

O Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Braga tem estado nas principais situações de combate a todo o tipo de criminalidade, desde a mais violenta até à económica e política, mas as suas instalações estão a rebentar pelas costuras, com uma agravante, o telhado de amianto ao lado, fator de perturbação entre os seus funcionários.

A antiga fabrica de malas Francor, outrora uma das maiores empresas em Braga, situada com frente para a Avenida Imaculada Conceição, tem traseiras que fazem paredes-meias com o edifício da PJ de Braga e principalmente um armazém que encosta às instalações da Polícia Judiciária cujo telhado é integralmente em amianto, estando ao nível dos três pisos da PJ, cujos funcionários receiam seriamente estar a contaminá-los, desde há anos.

Apesar das diligências dos profissionais terem levado já a uma deslocação de técnicos e que dizem não haver perigo, se as placas de amianto continuarem intactas, sem qualquer quebra ou deterioração, os trabalhadores da PJ não terão ficado muito convencidos, pois em casos análogos, como nas escolas públicas, mesmo telhados sem roturas têm vindo a ser integralmente retirados com todo o cuidado substituídos por outro tipo de estruturas.

Por outro lado, a exiguidade das instalações, em face do elevado número de solicitações, com muitos funcionários nas mesmas salas, que se tornam assim pequenas, também não ajudará nada, muito pelo contrário, o desempenho profissional, podendo mesmo impedir de alguma forma o reforço equilibrado de mais trabalhadores face ao elevado número de processos que são tratados no Departamento de Investigação Criminal da PJ, em Braga.

A PJ ocupa um lote da Urbanização Professor Mota Leite, em Maximinos, Braga, onde existem habitações contíguas, para além da Francor, fábrica que entrou em insolvência. São as segundas instalações, depois de ter sido instalada na Rua D. Pedro V, freguesia de São Victor, até que, já no início da década de 1980, se transferiu para o atual edifício.

 
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