O Governo autorizou o Fundo Ambiental a financiar, em 7,3 milhões de euros, um projeto considerado por António Costa como inovador e de repercussão mundial, que incide na implementação de sistemas com consumo proveniente a 100% de energia renovável no supercomputador instalado no campus da Universidade do Minho em Azurém, Guimarães.
A resolução do Conselho de Ministros foi publicada em 11 de outubro em Diário da República e revela que os valores do apoio serão provenientes de candidaturas efetuadas ao Fundo de Apoio à Inovação (FAI) e ao Fundo de Eficiência Energética (FEE), entidades entretanto extintas e que deram lugar ao Fundo Ambiental.
Numa resolução do Conselho de Ministros, em 17 de maio de 2021, é determinada “a introdução e promoção em Portugal de formas inovadoras de computação verde de alto desempenho com elevado grau de sustentabilidade ambiental, através da instalação do supercomputador Deucalion e a criação de uma comunidade de energia sustentável, com o objetivo de maximizar a utilização de fontes renováveis de energia na operação desse supercomputador”.
Segundo o documento agora divulgado, este montante servirá para apoiar um “projeto inovador denominado Sustainable HPC que visa criar uma solução técnica que permita o funcionamento do supercomputador, instalado na Universidade do Minho, Campus de Azurém, em Guimarães, com um consumo tendencialmente baseado exclusivamente em energia de origem renovável e localmente produzida, conduzindo, assim, a uma operação livre de carbono”.
O fundo apoiará, assim, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, em parceria com o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, entidades que apresentaram a candidatura
Salienta o documento assinado por António Costa que “a realização deste projeto pode tornar-se num caso de estudo de referência mundial no âmbito da supercomputação, capaz de agregar a possibilidade de recurso tendencialmente exclusivo a fontes renováveis de energia e simultaneamente aproveitar energeticamente o excedente de calor resultante para utilização comunitária”.
“Trata-se, assim, de um projeto de vanguarda, com uma elevada componente de inovação tecnológica, que irá permitir avaliar tecnologias alternativas e criar uma solução de gestão do sistema com características pré-industriais com um elevado potencial de exploração, nos mercados nacional e internacional”, conclui o primeiro-ministro.
O projeto foi assim catalogado com caráter de “Projeto de Mérito Excecional” e comportará um apoio de 7.274.233,50 euros, com 3.174.233,50 assumidos pelo FAI e 4.100.000,00 pelo FEE, valores que correspondem a uma taxa de 100 % do custo do projeto, o qual tem uma duração prevista de 24 meses.