O Sporting, dominador, confiante e consistente a defender e fluído a atacar, não deu quaisquer hipóteses ao Marítimo e venceu hoje no Funchal por 2-0, na 17.ª jornada da I Liga de futebol.
A equipa de Alvalade entrou determinada em chegar cedo à vantagem e conseguiu-o logo aos nove minutos, por Pedro Gonçalves, vantagem que ampliaria na segunda parte, aos 57 minutos, na sequência de mais uma boa jogada coletiva, que culminou com o ‘bis’ do melhor marcador do campeonato, agora com 14 golos.
A entrada forte do Sporting podia ter produzido resultados antes do primeiro golo, logo aos quatro minutos, quando Antunes esteve à beira de inaugurar o marcador.
O lance que esteve na origem do primeiro golo acaba por ser uma réplica daquele que o Sporting fez na final da Taça da Liga frente ao Sporting de Braga, com um lançamento longo para as costas da defesa insular, tendo Pedro Gonçalves surgido solto no espaço e batido o guarda-redes Amir Abedzadeh.
A superioridade do Sporting foi tão manifesta desde o primeiro minuto, alicerçada na consistência defensiva e na qualidade do seu jogo ofensivo, que o Marítimo, mesmo a perder por 1-0, nunca deu a sensação de poder chegar ao empate, pelo contrário, esteve sempre sob a ameaça do segundo golo.
A equipa insular sentiu sempre enormes dificuldades para tornear a pressão alta do Sporting, na saída de bola em construção, perdeu a ‘batalha’ do meio-campo, a maioria dos duelos individuais, as segundas bolas, razão pela qual raramente conseguiu esticar o jogo até à área ‘leonina’, e, quando o conseguiu, foi sem perigo para o guarda-redes António Adan.
A vantagem que se verificava ao intervalo era notoriamente lisonjeira para o Marítimo, que jogou até aí com o seu bloco muito baixo, não tinha sequer incomodado Adán, mas a vantagem mínima do Sporting permitia à equipa manter-se na discussão do resultado.
Não obstante o treinador do Marítimo ter tentado projetar mais a equipa ofensivamente, nomeadamente com a subida dos laterais, os quais na primeira parte não se atreveram a fazê-lo, sempre preocupados com a profundidade de Porro e de Antunes, o Sporting continuou a ter o controlo do jogo.
Foi na sequência de nova jogada coletiva que Pedro Gonçalves ‘bisou’, aos 57 minutos, com a bola a derivar do flanco direito para o corredor central, onde Nuno Santos abriu para entrada de Antunes no flanco oposto, com este a levantar a cabeça e a colocar a bola para o pé direito do seu companheiro, cuja execução, de primeira, com o pé direito foi digna de registo.
Na parte final da partida, o Sporting podia até ter ampliado o resultado por mais de uma vez, tendo a oportunidade mais flagrante sido desperdiçada por Tabata, que tinha entrado a render Nuno Santos, aos 80 minutos, a rematar contra o corpo do guarda-redes Amir só com este pela frente.