Declarações após o jogo da oitava jornada da I Liga de futebol entre Sporting de Braga e Rio Ave (2-1), que decorreu hoje em Braga.
Artur Jorge (treinador do SC Braga): “Qual foi a chave da vitória? A atitude da equipa e a capacidade de eficácia na parte final, porque não estivemos tão eficazes como deveríamos nos 90 minutos anteriores. Conseguimos o que queríamos e estou muito satisfeito pelo compromisso, espírito de sacrifício e por aquilo que foi o sentido de missão dos jogadores, entregaram-se ao jogo e isso para mim tem um valor imenso.
Vi uma primeira parte em que fomos lentos na circulação de bola e na nossa objetividade. Jogámos em espaços que não eram os melhores, mas também sofremos muito cedo. A equipa não mudou a abordagem ao jogo, mas o Rio Ave ficou mais confortável com a vantagem e à procura de transições. Tive de corrigir a velocidade da circulação da bola ao intervalo.
(Satisfeito com tanto sofrimento?) Fiquei satisfeito por ganhar, quero é ganhar.
Com a entrada do Roger procurámos trazer a energia, irreverência de um miúdo de 17 anos, de estar aberto na direita para termos capacidade de ter bola na área para servir o Banza, o Abel Ruiz e o José Fonte na parte final. Teríamos de ter bola na área e [a entrada] resultou porque o Roger teve essa felicidade de fazer as duas assistências. A energia que traz ao jogo também ajuda a ser opção que considero muito válida”.
Luís Freire (treinador do Rio Ave): “Vínhamos de uma derrota de 4-0 [com o Moreirense, em casa], toda a gente pensava que vínhamos aqui perder até por margens maiores e a verdade é que mostrámos personalidade, entrámos com muita agressividade, sem deixar jogar o Braga. Tivemos uma oportunidade logo aos 03 minutos pelo [Aderlan] Santos e depois fazemos o golo numa bela jogada de futebol. Queríamos mostrar uma imagem completamente diferente da do Moreirense e que estamos cá para a luta. Os jogadores foram incríveis.
A primeira parte foi bem conseguida, competente. Na segunda tivemos a melhor oportunidade para fazer o 2-0, [Leonardo Ruiz] só tem que encostar à imagem do primeiro golo. Depois, o Braga reage, nós resistimos, temos aqui jogadores a jogar na I Liga pela primeira vez, com muito esforço e sacrifício.
Foi um jogo de intensidade alta, num jogo com 60 por cento de tempo útil, houve 13 minutos de compensação, cinco na primeira parte e oito na segunda, quero ver se vão dar esse tempo de compensação no meu próximo jogo com 60 por cento de tempo útil. Não se justificou o tempo de compensação.
Houve quebra física, mas os jogadores lutaram de forma incessante contra um super plantel e ainda fizeram o 2-0 numa grande jogada que foi anulada por um lance 20 segundos antes. No final, não conseguimos resistir, no 2-1 o Amine estava no chão, lesionado, rasgou, não é uma lesão de brincadeira, devia ter sido assistido. Se as pessoas querem um campeonato competitivo têm que olhar para todos da mesma forma. Não viemos aqui queimar tempo, nem houve um domínio absoluto do Braga”.