“Paz para a Ucrânia e para o mundo”. É sob este lema que a Sociedade Martins Sarmento (SMS), de Guimarães, decidiu “colocar todos os seus meios humanos e materiais” ao serviço de iniciativas que “na comunidade têm surgido em auxílio das vítimas da guerra na Ucrânia”, foi hoje anunciado.
A medida foi deliberada na segunda-feira, em reunião da direção, acompanhada da expressão de “um sentimento de total solidariedade com o Povo da Ucrânia, com cada um dos ucranianos, mais uma vez sujeitos ao espezinhamento da sua dignidade, ao sacrifício da paz a que legitimamente anseiam e da própria vida”.
“Neste momento especialmente difícil, [a SMS] irmana-se com as instituições científicas e culturais da Ucrânia e os ucranianos que vivem em Portugal.
A SMS reclama ainda “o fim imediato da guerra e a reposição dos valores do humanismo e da civilização que o mundo adquiriu e que o sol e o céu da bandeira nacional ucraniana simbolizam e são agora calcados pelo ‘calçado ruidoso da guerra’ perante um generalizado clamor e estupefacção”.
“A invasão do território soberano da Ucrânia pelas forças armadas russas arranca o mais profundo repúdio e não permite qualquer atitude de contemporização ou tolerância. O povo da Ucrânia tem direito à sua independência e à autodeterminação do seu destino e, acima de tudo, a viver em Paz consigo próprio e na terra a que pertence, sejam quais forem as razões ou argumentos de ordem geopolítica ou de ‘política realista’ que se queira opor-lhe”, considera ainda a sociedade.
E prossegue: “Como a comunidade internacional e as suas organizações e instâncias representativas desde há muito reconhecem e defendem, a ofensa destes direitos fundamentais em qualquer país constitui ofensa para todos os povos e países do mundo. Portugal e os portugueses têm justificado orgulho na tradição da defesa de direitos humanos e garantias fundamentais que consagra constitucionalmente e que, em democracia, nunca deixou de proclamar em todas as circunstâncias”.