O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) denunciou hoje a “discriminação inaceitável” dos trabalhadores da empresa responsável pela valorização e tratamento dos resíduos sólidos do Baixo Cávado (Braval), por cumprirem 40 horas semanais.
Em comunicado, o STAL lembra que a Braval tem como acionistas as câmaras municipais de Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Verde, Amares, Terras de Bouro e Braga, esta última através da empresa municipal Agere, que detém 79% do capital.
“Todas as câmaras têm, por força da lei, um horário de trabalho de 35 horas. As empresas municipais Agere e TUB, ambas de Braga, já cumprem 37 horas e meia e vão atingir as 35 até ao final do atual mandato. Por que é que a Braval, sendo uma empresa de capitais exclusivamente públicos, mantém as 40 horas?”, questionou Manuel Sousa, dirigente regional do STAL.
Disse que se trata de uma “discriminação inaceitável” e uma “gritante injustiça”, a que “urge pôr cobro”.
Hoje de manhã, o STAL distribuiu um comunicado à porta da entrada do aterro da Braval, em Póvoa de Lanhoso, incitando os trabalhadores a lutarem pelas 35 horas.
Contactado pela Lusa, o administrador da Braval, Pedro Machado, disse que o horário de trabalho de 40 horas “decorre do estrito cumprimento da lei”.
“A Braval é uma sociedade anónima e limita-se a cumprir a lei”, enfatizou.
Lembrou que nos contratos dos trabalhadores constam as 40 horas e que este sempre foi o horário da empresa desde a fundação da empresa, em 1996.