Setor metalúrgico e metalomecânico reclama descida imediata de impostos sobre combustíveis e energia

Economia
Foto: O MINHO / Arquivo

A Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) reclamou hoje a imediata descida das taxas e impostos sobre os combustíveis e a energia, avisando que a laboração das empresas está a tornar-se “insustentável”.

“Neste momento, estamos a chegar a um ponto em que se está a tornar insustentável manter as empresas a laborar. O custo das matérias-primas, o aumento do custo de transportes e o aumento brutal dos custos do combustível e da energia afetam diretamente as nossas empresas e urge o Governo tomar uma posição para que torne sustentável um dos maiores setores da economia portuguesa”, afirma o vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, citado num comunicado.

Segundo sustenta a associação, “uma parcela muito significativa dos preços dos combustíveis e da energia são referentes a taxas e impostos, situação que deve ser resolvida e invertida imediatamente”.

As exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica aumentaram 2,6%, para 1.104 milhões de euros, em agosto face ao mesmo mês de 2020, números que a AIMMAP considera “bastante bons”, mas “aquém do esperado”.

“Depois de seis meses que representaram alguns dos melhores ao nível dos valores das exportações, o Metal Portugal continua numa toada de crescimento estável, com um registo de 1.104 milhões de euros no mês de agosto, o que representa um crescimento sustentado de 2.6% face ao período homólogo de 2020”, avançou hoje a associação em comunicado.

No acumulado desde o início do ano, até final de agosto, a AIMMAP reporta um crescimento de 25,6% das exportações do setor face a 2020 e uma subida de 0,7% face ao período pré-pandemia (2019).

Contudo, para a AIMMAP, “apesar de estes números serem bastante bons, tendo em conta que agosto é, geralmente, um mês marcado pelo abrandamento generalizado da economia devido ao período de férias, ficaram aquém do esperado”.

Segundo a associação, “este furar de expectativas deve-se, em grande medida, ao agravamento constante e ininterrupto do custo das matérias-primas, do transporte marítimo e, mais recentemente, do combustível e da energia”.

Para o registo das exportações em agosto continuaram a contribuir os mercados considerados “tradicionais”, como Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Itália.

A AIMMAP nota, no entanto, que “a representatividade destes mercados junto das exportações portuguesas tem vindo a cair, sendo que neste momento representa 71,2% das exportações do Metal Portugal”.

Em contracorrente, a associação dá conta, desde o início da pandemia, do “aumento da importância de mercados que até então não eram tradicionais, como o Japão, a China, a Austrália e Marrocos, que se mantém no topo de principais parceiros comerciais”.

 
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