O FC Porto venceu hoje o SC Braga por 3-0, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal de futebol, resultado que coloca os ‘dragões’ em posição privilegiada para garantirem presença na final do Jamor.
A equipa ‘azul e branca’, que foi quase sempre superior, começou a construir a vantagem ainda na primeira, com um golo de Alex Telles, de grande penalidade, aos 37 minutos, tendo Soares, feito o segundo, aos 63 minutos, e Brahimi sentenciado o jogo, apontado o terceiro golo, aos 90+4.
Sérgio Conceição valorizou os objetivos da equipa nesta competição, ao não facilitar e manter, praticamente, o mesmo ‘onze’ que usou no último jogo do campeonato, trocando apenas Casillas por Fabiano, na baliza, mas chamando ao banco Danilo, Éder Militão e Marega.
Na turma do Minho, o técnico Abel Ferreira, que viu a equipa somar a terceira derrota consecutiva, promoveu algumas mexidas, em relação ao último compromisso, lançando Marafona, Raul Silva, Ricardo Esgaio e Sequeira nas opções iniciais.
Os ‘dragões’ acabaram por mostrar maiores rotinas, entrando no jogo a assumir a iniciativa e com maior posse de bola, mas que inicialmente pecava numa melhor definição no último passe, o que ia facilitava a tarefa do adversário.
Do outro lado, os minhotos conseguiam manter a coesão defensiva, mas não tinham igual mérito a explorar os contra-ataques, e apesar de Wilson Eduardo, aos 10 minutos, ter esboçado o primeiro remate, não mostravam suficiente desenvoltura para criar grandes focos de perigo.
Nesta toada, com um futebol muito batalhado no meio-campo, o primeiro lance relevante para o FC Porto junto da baliza de Marafona só surgiu aos 27 minutos, num cabeceamento fulgurante de Pepe, após um canto, que o guardião dos bracarenses defendeu por instinto.
Mas, se nesse lance Marafona mereceu todos os créditos, cinco minutos depois o guardião ‘borrou a pintura’, numa saída despropositada, e fora de tempo, acabando por ‘atropelar’ Herrera, numa falta para grande penalidade.
Na cobrança do castigo, já aos 37, Alex Telles não desperdiçou e impôs o 1-0, que se arrastou até ao intervalo, dada incapacidade de reação dos comandados de Abel Ferreira.
O tempo de descanso acabou por fazer bem aos ‘arsenalistas’, que regressam com ambição renovada para a segunda metade, e a desenhar, logo aos 54 minutos, uma soberana oportunidade para empatar, num remate Dyego Sousa, mas que teve defesa de grande calibre de Fabiano.
O guarda-redes do FC Porto provou, pouco depois, a concentração, segurando um cabeceamento de Palhinha, após um canto, numa intervenção que serviu para espevitar a reação da sua equipa, corporizada por Corona, aos 60 minutos, quando tentou, à força, fazer o segundo, num remate potente detido por Marafona.
Soares, que tinha entrado ao intervalo, tirou ‘apontamentos’ desse lance do companheiro mexicano, e, três minutos depois, quando teve a sua oportunidade, após assistência de Otávio, optou por um desvio subtil, que deixou Marafona ‘pregado’ á relva.
Com a vantagem mais confortável, o FC Porto entrou em modo de gestão, talvez já a pensar no clássico de sábado, frente ao Benfica, para o campeonato, controlando as iniciativas de um SC Braga sem suficiente clarividência para minimizar os estragos.
Já nos descontos, Brahimi, também aposta para o segundo tempo, fechou com nota artística o triunfo dos ‘azuis e brancos’, num remate de belo efeito, após assistência de Óliver, que deixa a equipa em posição muito confortável para o jogo da segunda mão, em Braga, agendada para a abril.
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.
FC Porto – SC Braga, 3-0.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores:
1-0, Alex Telles, 37 minutos (grande penalidade).
2-0, Soares, 63.
3-0, Brahimi, 90+4.
Equipas:
– FC Porto: Fabiano, Manafá, Felipe, Pepe, Alex Telles, Herrera, Óliver, Corona, Otávio (Danilo, 79), Adrián López (Brahimi, 82) e Fernando Andrade (Soares, 46).
(Suplentes: Casillas, Militão, Maxi Pereira, Brahimi, Danilo, Soares e Marega).
Treinador: Sérgio Conceição.
– SC Braga: Marafona, Esgaio, Raul Silva, Bruno Viana, Sequeira, Claudemir, João Palhinha (Murilo, 68), Fransérgio, Ricardo Horta (Ryller, 69), Wilson Eduardo e Dyego Sousa (Paulinho, 73).
(Suplentes: Tiago Sá, Ailton, Ryller, Xadas, João Novais, Murilo e Paulinho).
Treinador: Abel Ferreira.
Árbitro: João Pinheiro (AF Braga).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Marafona (33).
Assistência: 33.707 espetadores.