SC Braga goleia Boavista e sobe provisoriamente ao 2.º lugar

Triunfo por 4-1

O SC Braga deu hoje uma lição de maturidade competitiva ao renovado plantel do Boavista, ao golear por 4-1, num encontro da 11.ª jornada da I Liga de futebol, sentenciado com talento, eficácia e espetáculo.

No Estádio do Bessa, os golos de Paulinho (quatro minutos), Iuri Medeiros (15) e Ricardo Horta (26 e 70), contra o de Cristian Devenish (66), ‘arrasaram’ a estreia caseira do treinador Jesualdo Ferreira, que orientou os ‘arsenalistas’ entre 2003 e 2006 e na época 2013/14.

O SC Braga ascendeu provisoriamente ao segundo lugar, com os mesmos 24 pontos do Benfica, a cinco do líder isolado Sporting, enquanto o Boavista somou o quinto jogo seguido sem vencer e ocupa a 16.ª e antepenúltima posição, com nove pontos.

Além da ausência de Galeno, lesionado frente ao Rio Ave (3-0), os minhotos tiveram de remodelar a linha defensiva em função das baixas de última hora de Bruno Viana, David Carmo, Vítor Tormena e André Castro, apostando nos centrais Raul Silva e Rolando.

Enérgica a reagir às contrariedades clínicas, a formação de Carlos Carvalhal surgiu em campo com um futebol consistente e fulgurante, gerando perigo logo aos três minutos, num cabeceamento alto de Paulinho, após cruzamento de Ricardo Horta na direita.

Maior nível de eficácia revelou o goleador do SC Braga na jogada seguinte, quando correspondeu ao trabalho de Fransérgio, responsável por ter intercetado um passe atrasado de Yusupha e ludibriado a oposição do guarda-redes Léo Jardim.

O Boavista tentou reagir com bola, embora acusando falta de lucidez no último terço e demasiado espaço entre setores, carências penalizadas aos 15 minutos, com Iuri Medeiros a escapar à marcação de Paulinho para aplicar um forte disparo de longe.

Cercados por um misto de letargia e desinspiração, os pupilos de Jesualdo Ferreira só assustaram Matheus num desvio ao lado de Alberth Elis (17 minutos) e num pontapé frouxo de Paulinho (35), intercalados com nova desatenção fatal em zonas recuadas.

Aos 26 minutos, Sequeira executou um passe na direção de Paulinho, cuja receção falhada, acompanhada pela extrema passividade ‘axadrezada’, deixou a bola nos pés de Ricardo Horta, capaz de bater Léo Jardim com um remate picado à entrada da área.

À procura de diluir diferenças antes do intervalo, o Boavista remou contra a maré através de Angel Gomes, que rematou para defesa de Matheus (41 minutos) e cobrou um livre a rasar a barra (44), enquanto Ricardo Horta desperdiçou na cara de Léo Jardim (45+1).

Jesualdo Ferreira reforçou a presença ofensiva no reatamento, mas só logrou uma réstia de esperança à boleia do cabeceamento eficaz de Cristian Devenish (66 minutos), após canto de Hamache, numa fase controlada pelo Sporting de Braga em ritmo de gestão.

O conjunto de Carlos Carvalhal retirava dividendos práticos e anímicos sempre que explorava a velocidade nas transições e ensaiou por duas vezes o quarto golo, com Ricardo Horta (58 minutos) e Paulinho (63) a festejarem em posição irregular.

A dupla do costume voltou a causar estragos aos 70 minutos, num cruzamento atrasado do avançado concluído pelo extremo, ‘selando’ o regresso dos ‘arsenalistas’ aos triunfos no Bessa duas épocas depois e ditando uma passagem de ano atribulada às ‘panteras’.

Ficha de jogo

Jogo no Estádio do Bessa, no Porto.

Boavista – SC Braga, 1-4.

Ao intervalo: 0-3.

Marcadores:

0-1, Paulinho, 04 minutos.

0-2, Iuri Medeiros, 15.

0-3, Ricardo Horta, 26.

1-3, Cristian Devenish, 66.

1-4, Ricardo Horta, 70.

Equipas:

– Boavista: Léo Jardim, Reggie Cannon (Nathan, 64), Cristian Devenish, Chidozie, Yanis Hamache (Tiago Morais, 79), Show (Sebastián Pérez, 74), Paulinho, Nuno Santos (Ricardo Mangas, 46), Alberth Elis, Angel Gomes e Yusupha Njie (Jorge Benguché, 46).

(Suplentes: Rafael Bracali, Jesús Gómez, Jorge Benguché, Ricardo Mangas, Jackson Porozo, Nathan, Sebastián Pérez, Jeriel De Santis e Tiago Morais).

Treinador: Jesualdo Ferreira.

– SC Braga: Matheus, Ricardo Esgaio, Rolando, Raul Silva (Bruno Rodrigues, 90), Sequeira (Zé Carlos, 49), Al Musrati, João Novais (André Horta, 77), Fransérgio, Ricardo Horta (Abel Ruiz, 90), Iuri Medeiros (Nico Gaitán, 77) e Paulinho.

(Suplentes: Tiago Sá, Zé Carlos, Abel Ruiz, Nico Gaitán, André Horta, Rodrigo Gomes, Hernâni, Bruno Rodrigues e Guilherme Schettine).

Treinador: Carlos Carvalhal.

Árbitro: André Narciso (AF Setúbal).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Al Musrati (67) e Jorge Benguché (81).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.

 
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