O Santuário do Bom Jesus, em Braga, será “brevemente” elevado à categoria de basílica, sendo este “um passo significativo” que reforça a candidatura do templo a Património Mundial da Unesco, informou hoje aquela arquidiocese.
Em comunicado, a Arquidiocese de Braga acrescenta que, no âmbito daquela candidatura estão ainda em curso várias iniciativas “de particular interesse”, com obras de limpeza e requalificação da instância do Bom Jesus, concertos e uma conferência internacional.
O Santuário do Bom Jesus do Monte é constituído por um conjunto arquitetónico e paisagístico que integra uma igreja, um escadório onde se desenvolve a via-sacra, uma área de mata com 55 hectares, alguns hotéis e um funicular.
A coordenadora da candidatura a Património Mundial, Teresa Anderson, já se manifestou confiante no sucesso da iniciativa, sublinhando tratar-se de “um lugar único, com uma história de 600 anos, muito bem fundamentada” em várias fontes de informação, com material de natureza monográfica e iconográfica.
“Neste caso, o material iconográfico é particularmente rico e raro”, enfatizou, para lembrar que a fundamentação da história é um dos fatores que mais pesam nas decisões da Unesco.
A especialista disse ainda que a UNESCO também dá muita importância à questão da gestão do património a classificar, para que ele não venha a ficar ao abandono.
“Também esta questão está garantida, já que o santuário é gerido pela Confraria do Bom Jesus”, acrescentou.
Outros “trunfos” da candidatura assentam no facto de se tratar de um lugar “de muita concentração de arte” e de “muito engenho técnico”, este último relacionado com o funicular movido a água.
Além disso, “há continuação de investimento” no santuário, o que contribui para a constituição de “um todo homogéneo”, além de ser uma garantia de que há quem vele por aquele património.
O arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, também já manifestou “fé” no sucesso da candidatura, considerando que o Bom Jesus integra um património “de valor incalculável”.
Como sublinhou, os milhares de turistas que ali vão anualmente são a prova da “dimensão mundial” do santuário.