O saldo migratório positivo “não foi suficiente para compensar” a redução da população portuguesa, que, nos últimos 10 anos, decresceu em dois por cento, realçou o presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Francisco Lima.
Entre 2011 e 2021, Portugal registou um decréscimo populacional de dois por cento, apesar do “saldo migratório positivo”, indicou, na apresentação dos resultados preliminares do Censos 2021, em que se ficou a saber que a população portuguesa é hoje de 10,347,892 pessoas.
Fernando Lima sublinhou ainda que apenas as NUTS (acrónimo das unidades territoriais para fins estatísticos) de Lisboa e Algarve registaram um aumento de população.
“Há uma clara concentração à volta da capital”, sendo que o centro da cidade de Lisboa, em si, perde população, constatou, sublinhando que “os territórios do Interior perdem população”.
Os dados hoje “têm ainda um caráter preliminar, na medida em que são baseados em contagens resultantes do processo de recolha e divulgados antes do final de todo o processo de tratamento e validação da informação recolhida”, sublinha o INE.
Os resultados definitivos dos Censos 2021 só devem ser conhecidos no quarto trimestre de 2022, aponta o INE, adiantando que haverá uma sessão intermédia de apresentação de mais resultados provisórios em fevereiro.