O presidente do PSD, Rui Rio, acusou hoje o PS de ser “uma desilusão”, avisou que os sociais-democratas não são iguais, e prometeu, se for Governo, “começar a inverter as políticas centralistas”.
A partir da descentralização, Rio procurou fazer uma demarcação mais geral com os socialistas, que acusou de falta de coragem para fazer reformas.
“Como partido de sistema que é, o PS sempre fará tudo para que o sistema permaneça imutável e para que, dessa forma, continue a servir com fiel eficácia um aparelho socialista. Nas palavras e na propaganda, o Partido Socialista é um encanto. Na ação, na coerência e na coragem, o PS é, quase sempre, uma desilusão”, criticou, no discurso de abertura do 39.º Congresso do PSD.
Rio alertou que, “apesar de volta e meia, o PS erguer a bandeira da regionalização e da descentralização com pompa, circunstância e aparato mediático”, na prática “inventa dificuldades e calendários esdrúxulos para que nada de concreto aconteça”.
“O PS enche a boca com a descentralização, faz discursos inflamados para agradar a quem reclama um país territorialmente justo e equilibrado, mas, na hora da verdade, os socialistas são sempre iguais a eles próprios. Na hora da verdade, o PS mete o rabo e o discurso entre as pernas e não tem coragem para honrar a sua própria palavra”, acusou.
Por isso, deixou um apelo: “Não podemos deixar que pensem que somos iguais a eles – porque realmente, não somos”, afirmou, apontando o centralismo como “um dos maiores falhanços do 25 de Abril”.
“Temos de ir para o Governo, com a firme vontade de agarrar este dossier com coragem e começar a inverter as políticas centralistas que, há tantos anos, têm marcado a política nacional”, afirmou.