O empresário Alberto Silva, pai de José Pedro Silva, de 41 anos, natural de Braga, que foi assassinado a tiro de metralhadora, esta sexta-feira, em Maputo, Moçambique, encontrava-se em Braga aquando do crime, para onde viajou na Páscoa, tendo regressado ainda hoje à capital moçambicana.
O gestor vai tratar de assuntos ligados à empresa da família, a Sotubos e de questões relacionadas com a trasladação do corpo do malogrado bracarense.
Fonte ligada ao processo adiantou a O MINHO que o homicídio ocorreu durante uma alegada tentativa de rapto na Machava, arredores da cidade, junto da sede da empresa, de que era administrador: o ataque foi feito por um grupo de homens em dois carros, um dos quais se atravessou à frente da viatura em que seguia e o outro barrou-lhe a fuga por trás.
Aí, o segurança que o acompanhava disparou tiros de pistola contra os agressores, não atingindo nenhum, tendo estes ripostado com rajadas de metralhadora Kalashnikov baleando-o dentro do carro, no peito. O motorista e o segurança saíram ilesos e os assaltantes nada levaram o que deixa supor que o objetivo era o do rapto e posterior pedido de resgate…
Viúva e três filhos
Os raptores fugiram, a seguir, do local, tendo a vítima sido transportada ao Hospital José Macamo, onde terá dado entrada já sem vida.
José Pedro Silva, que deixou viúva e três filhos, teria ido ao banco levantar dinheiro e dirigia-se para a sede da firma, quando foi barrado.
Geria a empresa que operava no ramo do comércio de produtos para a construção civil e de instalação de piscinas e que fora fundada em Maputo, em meados da década de 90 do século passado, pelo pai, Alberto Silva – antigo presidente do Sporting Clube de Braga.
A firma moçambicana, que entretanto se expandira tendo quatro armazéns e relações de importação e exportação quer com Portugal quer com países africanos, saiu da empresa fundada em Braga pelo empresário Artur Silva – pai de Alberto Silva – , a ARSIL, e que ainda tem instalações na freguesia de Real, nos arredores da cidade.
A Sotubos, desde o seu início empregava moçambicanos e, também, cerca de uma dezena de bracarenses recrutados por Alberto Silva.