Declarações após o jogo Vitória SC–Paços de Ferreira (4-0), da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Pepa (treinador do Vitória SC): “Foi um jogo muito difícil em termos táticos, a nível da organização defensiva. O Paços entrou melhor, a chegar ao corredor direito nosso com relativa facilidade. Tivemos ali algumas dificuldades na basculação lateral. Com o encaixe do Alfa [no eixo da defesa], ficámos mais confortáveis, e a equipa ficou mais pressionante. Ganhámos mais bolas, e esse conforto permitiu-nos mais controlo, mais oportunidades de golo. O Bruno Varela não fez uma única defesa. É bom não termos um golo sofrido, o que valoriza o nosso triunfo.
Foi um jogo intenso, com duas boas equipas. Percebemos que [recuar o Alfa] foi a melhor forma para anular o Paços. Não posso deixar de valorizar o grande jogo que fizemos. Lembro-me de três grandes defesas do André [Ferreira]. Tínhamos cinco finais e agora temos quatro. Sabemos as dificuldades que temos, mas temos de acreditar até ao fim. O nosso foco é só o Tondela [próximo adversário, no domingo].
O Bruno [Duarte] não me surpreendeu nada, nem a mim, nem a ninguém. Tenho uma confiança incrível em todos os jogadores. Os jogadores sabem que a confiança é total em todos. A exibição do Bruno [Duarte] é merecida, mas não me surpreende. Trabalha muito. É muito diferente do Oscar [Estupiñán] e do Herculano, mas foi ‘coroado’ com uma grande exibição.
[Ricardo Quaresma continua ausente da equipa, não joga desde 13 de março e só foi convocado uma vez nas últimas cinco jornadas, mas não foi utilizado] É opção”.
– César Peixoto (treinador do Paços de Ferreira): “O resultado é injusto. Na primeira parte, tivemos quase 70% de posse de bola e mais oportunidades. O Vitória fechou-se em 5x4x1, lançou bolas para a frente, tentou jogar em transição e na profundidade, e marcou dois golos. A equipa mostrou personalidade e coragem fantásticas.
Na segunda parte, entrámos bem outra vez, mas depois aconteceu o que aconteceu, e o Vitória construiu uma vantagem, a meu ver, exagerada. Enquanto estivemos no jogo, valorizámos o jogo. Viemos disputar os três pontos e estou com muito orgulho nos meus jogadores. Mesmo a jogarem com 10, aguentaram-se num ambiente de controvérsia.
Faltava um minuto para acabar a primeira parte [quando aconteceu o segundo golo do Vitória]. Se fizéssemos a substituição, deixávamos de ter todas na segunda parte, foi um pormenor. A culpa não é do Antunes. É sempre minha, do treinador. Corroboro o que o presidente disse. Temos de valorizar o futebol, e o que se passou aqui hoje em nada valoriza o futebol”.