Quarenta e cinco empresas do Alto Minho, Cávado e Ave estão dotadas de planos de ação “individualizados” para apostarem na internacionalização dos seus negócios, disse esta segunda-feira um dos responsáveis pelo projeto MinhoExport, que hoje termina.
“Estas 45 empresas ficaram com um plano de ação individualizado. Têm uma ferramenta muito importante e muito interessante para pensar no seu processo de internacionalização, outras para melhorarem porque já iniciaram esse projeto. Hoje estão mais preparadas para esse grande desafio”, afirmou o coordenador de projetos da In.Cubo – Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras, em Arcos de Valdevez, Jorge Miranda.
Em causa está o projeto MinhoExport, desenvolvido pela In.Cubo e pela e TecMinho – Associação Universidade-Empresa para o Desenvolvimento, dirigido a empresas da NUT (Nomenclatura Unitária Territorial) III Minho-Lima, Cávado e Ave.
O projeto, desenvolvido durante três anos, representou um investimento de cerca de 500 mil euros, financiados em 85% por fundos do Norte 2020.
O encerramento do projeto integra hoje duas sessões para a apresentação dos resultados alcançados: a primeira decorreu esta manhã nas instalações da In.Cubo, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, enquanto a segunda terá lufar esta tarde em Vila Verde, no distrito de Braga.
Segundo Jorge Miranda, as 45 empresas acompanhadas pelo projeto de incentivo à internacionalização, das áreas da agricultura, agroalimentar e agroambientais, ‘design’ e moda, turismo e tecnologias de informação e comunicação, “estão agora mais preparadas” para avançar para o mercado externo.
“Pelo menos têm ferramentas para e capacidade para isso. O projeto termina hoje, mas a ação continua. Este projeto foi um passo num trabalho que segue e terá futuro”, referiu.
Além dos instrumentos de apoio à internacionalização desenvolvidos, Jorge Miranda referiu que “foram identificados os oito melhores mercados internacionais para onde estas empresas deverão e poderão apostar nos seus processos de internacionalização”.
“Preferencialmente identificamos Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e Itália e, com potencial, os países nórdicos (Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca). Apontamos também o Brasil, Japão e EUA que, embora sejam mercados, alguns deles difíceis do ponto de vista concorrencial, tem muitas potencialidades”, especificou.
Ao abrigo daquele projeto, intitulado “Capacitar para Internacionalizar”, foi criada uma plataforma digital “onde se encontram reunidos os oito instrumentos de apoio à internalização criados ao longo de três anos de trabalho”.
Entre aquelas ferramentas, explicou Jorge Miranda, está “um estudo de boas práticas que identificou 13 empresas que já obtiveram sucesso nos seus processos de internacionalização e que, de alguma forma, podem servir de exemplo e de modelo a novas empresas”.
A plataforma integra, entre outros instrumentos disponíveis para consulta, ainda um “estudo de marketing de internacionalização e um manual de boas práticas para a internacionalização”.
Jorge Miranda referiu que ao longo dos últimos três anos o MinhoExport realizou “30 sessões práticas de capacitação para empresas do Alto Minho, Ave e Cávado, nove sessões sobre os mercados preferenciais e outras nove sessões em empresas com processos de internacionalização de sucesso”.
O responsável da In.Cubo destacou ainda “o estudo realizado em três instituições de ensino superior do Minho (Universidade do Minho, Institutos Politécnicos do Cávado e Ave, e de Viana do Castelo) para identificar recursos e meios que essas instituições têm à disposição das empresas para as ajudar no processo de internacionalização”.