Vladimir Putin pretende acabar com a guerra na Ucrânia “o mais rápido possível”, segundo afirmou Recep Tayyip Erdogan.
Segundo o presidente turco, o seu homólogo russo mostrou-se disponível para “acabar com isto” em pouco tempo no último encontro entre os dois no Uzbequistão.
“Essa foi a minha impressão, porque a forma como as coisas estão a correr agora são problemáticas”, disse Erdogan, que tem atuado como mediador entre os dois países envolvidos na guerra, em entrevista à PBS.
O presidente da Turquia apontou ainda que qualquer acordo de paz deverá passar pela devolução do território ocupado à Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.