Os vereadores do PS na Câmara de Braga criticaram hoje a demora no arranque das obras de requalificação da EB2/3 Frei Caetano Brandão e a falta de informação sobre o processo por parte do município.
No dia em que a ‘Frei’ faz 42 anos, os socialistas visitaram a escola e alertaram ainda para a “pressão” sobre os recursos humanos docentes e não docentes.
“É verdade que a escola foi considerada em termos de investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas ninguém sabe quando as obras avançam, estamos completamente às cegas com este processo”, apontou o vereador socialista Artur Feio.
A Frei Caetano Brandão integra o Agrupamento de Escolas de Maximinos, que conta com 1.700 alunos, dos quais nove por cento têm necessidades específicas.
É um agrupamento marcado pela multiculturalidade, já que acolhe alunos de mais de 40 nacionalidades, sendo também um território educativo de intervenção prioritária.
“Tem de merecer um cuidado especial por parte da autarquia. O município tem de ser muito mais proativo nas respostas, não é só anunciar e não fazer nada, numa forma muito propagandística mas sem eficácia”, disse Artur Feio.
O diretor do agrupamento, Paulo Antunes, admitiu que já foi realizada uma intervenção nos telhados da Frei Caetano, que “reduziu o problema das chuvas”, mas sublinhou que a escola tem problemas estruturais, com reflexos sobretudo na questão térmica.
“No tempo do frio, o aquecimento não tem eficácia porque o edifício tem muitas fugas. É como um carro velho, precisa de mudanças”, referiu.
Paulo Antunes destacou ainda a necessidade de construir um auditório, porque o agrupamento tem ensino articulado de música e de dança, com quase 200 alunos em cada uma das modalidades.
“Não há um espaço para atuar, não temos um auditório. Ou usamos casa emprestada ou temos de pagar aluguer”, apontou.
Destacou ainda a necessidade da contratação de mais técnicos especializados.
Contactada pela Lusa, a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, disse que já foi feita uma candidatura ao PRR para a ‘Frei’, mas o município ainda não obteve qualquer resposta.
“Já pedimos explicações ao Ministério da Educação, mas a verdade é que nós também não sabemos mais nada”, referiu, adiantando que a intervenção está avaliada em 13,4 milhões de euros.
Na conferência de imprensa, Artur Feio disse ainda ser necessário avançar para a segunda fase das obras na Secundária de Maximinos, “prometida pelo município”, com intervenções ao nível dos balneários, do pavilhão de educação física e do bar dos alunos.
A vereadora da Educação disse que a primeira fase decorreu a expensas do município e que o financiamento da segunda terá de ser assegurado pelo Estado central, segundo o que ficou acordado com o Governo anterior.
A presidente da União de Freguesias de Ferreiros e Gondizalves, Carolina Teixeira, reclamou uma “intervenção de raiz” na EB1 de Gandra.
Carla Sepúlveda disse que, para já, estão previstas apenas pequenas reparações”.