Os vereadores do Partido Socialista de Braga questionaram, hoje, no final de uma visita ao Lar de Celeiróz, os critérios de distribuição de fundos europeus às ipss’s da cidade, isto porque – assinallam – apenas o Lar de Fraião foi contemplado e logo com a totalidade da verba disponível no FEDER- Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, 600mil euros.
“ Constatámos, com alguma surpresa, que num conjunto de seis instituições, onde se inclui o Lar de Celeirós, apenas uma, o Lar de Fraião foi recentemente contemplada com financiamento,” dizem, em comunicado.
Os autarcas acrescentam que, e “atendendo a que a não aprovação dos demais projetos, por parte da Comissão Diretiva do Norte 2020, ter-se-á baseado na inexistência de fundos disponíveis, questiona-se o papel da CIM (Comunidade Intermunicipal) do Cávado e os critérios que serviram de base à sua decisão de afetação da referida dotação”.
Contactado pelo O MINHO, o secretário-executivo da CIM-Cávado, Rafael Amorim explicou que a candidatura de Fraião resultou de um processo concursal, no qual entraram diversas entidades, no qual o instituto da segurança social indicou que aquele seria um projeto com prioridade maxima. Posteriormente, devido ao aumento dos preços das matérias primas e da construção, a entidade não conseguiu concretizar o projeto”.
Acrescentou que, e tendo sido auscultado o Programa Operacional Regional do Norte 2020, o valor foi repartido pelas entidades que ficaram graduadas nos lugares seguintes, entre os quais não estava a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Vale D’Este, que tutela o Lar.
Os autarcas do PS visitaram o Lar de Celeirós, para conhecer melhor a associação, o trabalho desenvolvido, os projetos em curso e os desafios que enfrenta.
“Deparamo-nos com uma instituição que tem realizado uma atividade meritória de acompanhamento dos nossos idosos, distribuída em três valências (estrutura residencial para pessoas idosas, centro de dia e apoio domiciliário), abrangendo cerca de uma centena de pessoas”.
E acrescentam: “Uma atividade, aliás, já reconhecida, no passado, pelo município. Mas, apesar do esforço e do compromisso da comunidade, constatamos que lida com desafios decorrentes de algumas promessas, por parte do município, ainda por cumprir, designadamente o apoio financeiro para a aquisição de um elevador monta-cargas, que permita transportar pessoas em situação de emergência ou extrema, de forma segura”.
Sobre esta queixa, o presidente da Câmara, Ricardo Rio disse a O MINHO que “nunca prometeu financiar o monta-cargas”, e explicou que, a IPSS, tal como todas as outras, recebe 40 mil euros anuais de subsídio e ainda teve apoio na realização de projetos.