Os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico nos primeiros 10 meses deste ano “já ultrapassaram o total anual de 2019”, ano pré-pandemia, e em outubro cresceram 48,2%, em termos homólogos, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados sobre a ‘Atividade Turística’ em outubro, os proveitos nos primeiros 10 meses deste ano, de 4.463,5 milhões de euros, “já ultrapassaram o total anual de 2019, refletindo o aumento dos preços dos serviços prestados”.
Em outubro, “os proveitos totais cresceram 48,2% [em termos homólogos], tendo atingido 497,7 milhões de euros”, e os “proveitos de aposento aumentaram 50,1%, com um valor de 370,6 milhões de euros”, adianta o INE.
“Comparando com outubro de 2019, registaram-se aumentos de 27,2% nos proveitos totais e 27,8% nos relativos a aposento”, acrescenta.
O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro, o que corresponde a aumentos de 23,4% e 23,5%, respetivamente, em relação ao mesmo mês de 2021 (41,1% e 37,2% em setembro, pela mesma ordem).
Face a outubro de 2019, “registaram-se aumentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente”, adianta o INE, salientando que as taxas líquidas de ocupação-cama e de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (48,9% e 60,4%, respetivamente) “foram ligeiramente superiores às de outubro de 2019 (48,4% e 59,6%, pela mesma ordem)”.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) “situou-se em 61,2 euros, em outubro, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 101,2 euros (+42,5% e +20,6% face a outubro de 2021, respetivamente)”.
Em comparação com outubro de 2019 (antes da pandemia), “o RevPAR aumentou 21,8% e o ADR cresceu 20,1%”.
Nos primeiros 10 meses do ano, “considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 25,4 milhões de hóspedes e 68,5 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 90,9% e 90,3%, respetivamente”, mas “comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,7% (+5,6% nos residentes e -5,4% nos não residentes)”.
Relativamente à repartição das dormidas por países e segmentos de alojamento, destaca-se “a predominância das dormidas de residentes do Reino Unido na hotelaria (principalmente em unidades de 5 estrelas, concentrando um terço das dormidas de não residentes) e da Alemanha no alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação”.
De acordo com os dados do INE, as dormidas de não residentes superaram as registadas no mesmo mês de 2019.
“O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro de 2022, correspondendo a aumentos de 23,4% e 23,5%, respetivamente (+41,1% e +37,2% em setembro, pela mesma ordem)”.
Comparativamente a outubro de 2019, “registaram-se aumentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente”.
Em outubro, o mercado interno contribuiu “com 1,8 milhões de dormidas”, o que representa uma diminuição de 2,7%. Já os mercados externos “predominaram (peso de 72,7%) e totalizaram 4,9 milhões de dormidas (+37,3%)”.
Comparando com outubro de 2019, “registaram-se aumentos de 21,0% nas dormidas de residentes e de 1,5% nas de não residentes, correspondendo, neste último caso, ao maior crescimento mensal face a 2019”.
No mês em análise, todas as regiões de Portugal registaram aumentos das dormidas, tendo o Algarve concentrado 28,2%, seguindo-se a Área Metropolitana (AM) de Lisboa (26,6%) e o Norte (16,5%).
Face a outubro 2019, “apenas o Algarve ficou abaixo do nível então observado (-1,3%)”.