A Federação Protoiro anunciou, hoje, o seu apoio à organização de uma tourada em Vila do Conde e recorda ao presidente da Câmara que “Portugal é um país democrático onde a liberdade cultural é um direito de todos os portugueses”.
Em comunicado, a ProToiro, Federação Portuguesa de Tauromaquia, afirma a sua solidariedade para com os organizadores da Corrida de Toiros em Bagunte (Vila do Conde), o empresário Paulo Pessoa de Carvalho e o movimento Juntos pelo Mundo Rural.
“A ProToiro acompanha o processo da organização da Corrida desde o seu início e tem cooperado com a organização”, afirma.
O organismo anota que “o Presidente do Município, Vitor Costa, foi muito claro na sua intenção, ilegal, de impedir que se realize uma tourada no concelho, quando no dia 20 de Junho afirmou que ‘garantia que a tourada não se iria realizar'”.
E contrapõe: “Isto é simplesmente um ataque antidemocrático à liberdade cultural, impróprio de um país civilizado e de um representante do Estado”.
A Protoiro recorda ao autarca que “Portugal é uma democracia, onde a liberdade cultural, o direito à criação artística e o acesso à cultura são direitos fundamentais protegidos pela Constituição da República Portuguesa. Agir contra estes preceitos legais será incorrer em ilícitos criminais, agravados se forem cometidos por um representante do Estado”.
“Nenhum município pode impedir a realização de eventos culturais, seja uma peça de teatro ou uma tourada, pelo que o Presidente de Vila do Conde deve submeter-se à lei e ao respeito pelos direitos e liberdades dos cidadãos portugueses, como é seu dever.
A ProToiro conclui dizendo que “espera que o tribunal reponha a legalidade desta situação e que todos os cidadãos possam livremente desfrutar da cultura portuguesa na corrida de toiros em Bagunte, Vila do Conde, no próximo dia 23 de Julho”.
O MINHO contactou a Câmara de Vila do Conde, mas não conseguiu, até ao momento, obter uma reação.