O cadastrado suspeito de esconder carro de Fernando ‘Conde’, o eletricista de Caldas das Taipas, Guimarães, assassinado há três anos, ficou em prisão preventiva, como determinou o juiz de instrução criminal que o interrogou.
Miguel C., de 32 anos, tem antecedentes criminais por crimes de ofensas corporais e condução sem carta, andando a monte desde o verão, algures em França, depois de ter encerrado uma fábrica de peúgas nas Caldas das Taipas, em Guimarães.
A detenção de Miguel Carvalho foi realizada esta semana pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, através da sua Secção Regional de Combate a Terrorismo e Banditismo, que investigou todo o caso envolvendo o assassinato de Fernando ‘Conde’.
O arguido é suspeito de, ao longo de quase três anos, ter escondido o automóvel de Fernando Ferreira, conhecido como ‘Conde’, um eletricista de Caldas das Taipas, em Guimarães, assassinado em janeiro de 2020.
Ficou agora em prisão preventiva, indiciado por crimes de recetação de material furtado e favorecimento pessoal visando fazer escapar terceiras pessoas à ação das autoridades, retirando as matrículas do carro da vítima, os selos do seguro e da inspeção, para além de outros sinais.
Para o juiz de instrução criminal de Guimarães, a aplicação da mais pesada medida coativa justifica-se por existir perigo de fuga.
Miguel C. terá guardado o Volvo C30 de ‘Conde’ logo após a vítima ter sido atraída a uma emboscada mortal pelo empresário vimaranense ‘Toni do Penha’.
O automóvel da vítima foi descoberto numa garagem das Caldas das Taipas, em Guimarães, que pertence a Miguel C.
‘Toni do Penha’ foi recentemente condenado a sete anos de prisão por crimes de exposição e abandono, já que em janeiro de 2023, o Tribunal Coletivo de Guimarães provou que, ao fugir da emboscada, ‘Conde’ se lançou ou caiu ao rio Ave, tendo sido abandonado à sua sorte por ‘Toni’ e acabou por morrer afogado, sendo que este delito, pelo agravamento resultante da morte, prevê uma moldura penal entre três e dez anos de prisão.