Primeiro-ministro assegura que será visível que Governo tinha razão nas previsões sobre excedente

Montenegro “não se vai distrair com querelas”
Foto: Lusa

O primeiro-ministro defendeu hoje que “será visível que o Governo tinha razão nas suas previsões” sobre um excedente orçamental em 2025, garantindo que o executivo “não se vai distrair com querelas”, mas antes “executar” o Orçamento do Estado.

“Será visível que o Governo tinha razão nas suas previsões”, reagiu Luís Montenegro, falando aos jornalistas portugueses à margem da última reunião do ano do Conselho Europeu, em Bruxelas.

As declarações ocorrem dias depois de o Banco de Portugal (BdP) ter estimado que o país vai regressar a uma situação deficitária em 2025, com um défice de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o que contraria as projeções do Governo de um excedente orçamental.

Vincando que “todas [as previsões de instituições internacionais] convergem com a posição do Governo, de que haverá crescimento económico no próximo ano e superavit no final do exercício”, nomeadamente as da Comissão Europeia, Luís Montenegro admitiu que a projeção do BdP está “em contramão”.

“Respeitamos, registamos, [mas] não nos vamos distrair com querelas”, mas, antes, “vamos executar o Orçamento” a partir de 01 de janeiro de 2025, adiantou.

No Orçamento do Estado para 2025, o Governo estima um excedente de 0,3% em 2025, sendo que, segundo o plano orçamental de médio prazo enviado a Bruxelas, projeta também um saldo orçamental positivo até 2028.

Nas previsões do BdP, é indicado que o saldo orçamental deve “deteriorar-se” em 2025, para 0,1% do PIB, estimando-se ainda um défice de 1% do PIB em 2026 e de 0,9% em 2027.

 
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