Miguel Costa Gomes, presidente da Câmara de Barcelos, vai dar entrada esta terça-feira com um pedido de substituição das funções por 29 dias. Com o requerimento, a vice-presidente Maria Armandina Saleiro assume o cargo.
No entanto, segundo avança a revista Sábado, Costa Gomes vai manter-se em funções. A substituição será, na prática, como se estivesse de férias ou no gozo de uma licença.
Câmara de Barcelos acredita que presidente “provará a sua inocência”
Além da prisão domiciliária, Costa Gomes está ainda proibido de contactar com funcionários da Câmara de Barcelos. E é isto que o seu advogado pretende ver esclarecido: se são apenas os funcionários no sentido “clássico” da palavra ou se o juiz incluiu também os titulares de cargos políticos – como vereadores e deputados municipais – que não sendo dos quadros da autarquia são, para efeitos penais, equiparados a funcionário.
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Em causa está a operação “Teia”, que se centra nas autarquias de Barcelos e Santo Tirso e no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e que investiga suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto.
Costa Gomes está indiciado dos crimes de corrupção passiva e de prevaricação. O autarca de Santo Tirso, Joaquim Couto, renunciou ao seu cargo, e o presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, também deixou as suas funções.