Presidente da Galiza afirma que hospital em Vigo vai receber doentes do Alto Minho

Covid-19
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO

Pacientes portugueses infetados com covid-19 sempre devem ser transferidos para Vigo, conforme tinha avançado o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Cuidados Intensivos.

De acordo com Alberto Núñez Feijóo, presidente da Junta da Galiza, o hospital de Cunqueiro, situado em Vigo, poderá começar a receber doentes covid-19 provenientes de municípios do Alto Minho, dando o exemplo de Caminha ou de Valença.

“Nas próximas horas, o ministério da Saúde irá concretizar com as autoridades portugueses qual o número de camas que temos à disposição”, disse o presidente daquela comunidade autónoma, sem especificar se são camas de enfermaria ou de unidade de cuidados intensivos.

Ainda segundo o responsável administrativo da Galiza, aquele hospital tem “capacidade suficiente para oferecer esta ajuda” a Portugal e aos alto-minhotos, apesar de o número de infeções ter vindo a diminuir acentuadamente no distrito.

Hospital Cunqueiro. Foto: DR 

Feijóo diz que o hospital Cunqueiro é “um exemplo na luta contra a covid-19 na Galiza e em toda a Espanha”.

Há cerca de uma semana, a Unidade Local de Saúde do Alto Minho enviou um esclarecimento às redações salientando que o hospital de Viana “tem sido capaz de responder às necessidades de cuidados intensivos dos doentes críticos, não tendo sido necessário transferir doentes que exigem este nível de cuidados”.

Esse esclarecimento surgiu depois de o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Intensivos ter admitido que o Hospital de Viana do Castelo poderia transferir doentes covid para o Hospital de Vigo.

“O mais lógico é que a transferência dos doentes seja feita entre hospitais junto às fronteiras, como foi feito em outros países europeus que ativaram esse mecanismo de ajuda”, acrescentou o médico intensivista.

“Seguramente que os de Viana do Castelo vão para Vigo, os de Bragança vão para Zamora e os do Alentejo podem ir para Badajoz ou Sevilha”, disse João Gouveia.

O médico admitiu ainda estar preocupado com o caso concreto do Alto Minho por ter uma UCI “com menor capacidade de reposta e onde os novos positivos não param de crescer”.

 
Total
0
Shares
Artigos Relacionados