O presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, a vice-presidente e vereadora da Cultura, Fátima Moreira e os vereadores Paulo Gago e Ricardo Alves, visitaram, no Dia do Ambiente, a Mamoa do Madorro, localizada na União de freguesias de Calvos e Frades, para acompanhar os trabalhos que têm em vista a visitação do espaço no futuro.
Os terrenos onde se localiza a mesma, que são propriedade da autarquia, são contíguos ao já sobejamente conhecido Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos.
A visita do executivo ao local, acompanhados pelo técnico de arqueologia do município, pretendeu “acompanhar a evolução dos trabalhos de delimitação do terreno, a criação de acessos e marcar a decisão de avançar com as várias dinâmicas previstas para aquele espaço arqueológico e que serão determinantes para, além da preservação, para a potencialização e valorização turística do mesmo”.
Assim, está previsto que, em breve, se iniciem intervenções arqueológicas, estabelecendo parcerias com universidades, tendo em vista a sua musealização, garantindo a integridade e prossecução do monumento, para a fruição pública das gerações vindouras. Será ainda feita a interpretação da mamoa, recorrendo a painéis informativos, assim como a sua divulgação turística.
A autarquia pretende ainda a dinamização de serviços educativos e a promoção de visitas guiadas.
É também intenção, devido à proximidade do Centro Interpretativo do Carvalho de Calvos, proceder à criação de um polo interpretativo dos resultados arqueológicos nesse espaço.
A “mamoa do Madorro”, que remonta ao período do Neolítico (aproximadamente 4.º milénio a.C.) foi descoberta em 2006, quando iniciou o projeto de valorização da via romana XVII no concelho da Póvoa de Lanhoso.
Foi no decorrer desses trabalhos que, nas imediações do Carvalho de Calvos, foi identificada uma estrutura circular de grandes dimensões e com ligeira depressão central, presumindo-se tratar de um monumento sob tumulus, conhecido por mamoa.
Esta informação foi posteriormente confirmada com a realização de um estudo de geo radar no qual se verificou a presença de estruturas arqueológicas, caracterizadas com a câmara de inumação, o átrio e o corredor de acesso ao monumento, virado a nascente, tudo coberto pelo montículo artificial de terra.
Até à presente data, esta é a maior mamoa conhecida no concelho da Póvoa de Lanhoso.