O presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso, Avelino Silva, pediu hoje o apoio do Estado para os agricultores da região afetados pelo mau tempo, registado no fim de semana, que “devastou” as suas produções.
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Em comunicado, a autarquia refere que, estando em curso um levantamento dos estragos, a Câmara da Póvoa de Lanhoso já transmitiu ao Ministério da Agricultura, tutelado por Maria do Céu Albuquerque, as preocupações da autarquia e destes produtores do concelho.
“Como é do conhecimento público, desde o dia 29 de maio que a região tem sido fustigada por ventos fortes, chuva e granizo. Estas alterações repentinas e devastadoras provocaram danos substanciais nas explorações agrícolas do concelho da Póvoa de Lanhoso, com especial incidência na vinha e na fruticultura”, sublinha a autarquia.
Acrescenta ainda que “diversos agricultores que viram as suas produções devastadas e completamente perdidas já estão identificados” e que o levantamento dos estragos que ainda está a ser realizado “será posteriormente comunicado ao Ministério da Agricultura”.
Na terça-feira, o Governo comunicou que está a avaliar os estragos decorrentes do temporal de domingo, que afetou sobretudo as regiões Norte e Centro, ponderando ainda a possibilidade de criar uma linha de crédito para apoiar os produtores.
“O Ministério da Agricultura está a avaliar no terreno os efeitos provocados pelo temporal de domingo, dia 31 de maio, que afetaram sobretudo a região Norte e a região Centro, o que vai permitir identificar os prejuízos e as culturas afetadas”, indicou, em comunicado, o Governo.
Por outro lado, estão a ser avaliadas medidas para minimizar os prejuízos, como a criação de uma linha de crédito bonificada para os produtores que registaram uma “forte quebra” provocada pelas “condições meteorológicas adversas”.
De acordo com o mesmo documento, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, admitiu ainda a possibilidade de utilizar uma medida de prevenção de calamidades e catástrofes naturais para apoiar investimentos “destinados a reduzir ou prevenir o impacto de catástrofes naturais, fenómenos climáticos adversos ou acontecimentos catastróficos”.
A medida em causa poderá permitir aos produtores das duas regiões instalar equipamentos como redes antigranizo, apontou.
Maria do Céu Albuquerque lembrou ainda que está agendada para 16 de junho uma reunião da comissão de acompanhamento do sistema dos seguros agrícolas, na qual está prevista a análise destas situações.