Chama-se José Alberto Ribeiro, tem 62 anos, e é um dos mais fervorosos apaixonados pelo “carro do povo”, o VW Carocha, paixão que atingiu o pico com a inauguração, no passado domingo, de um monumento esculpido em pedra de homenagem à viatura.
O monumento, que pesa cerca de 7,5 toneladas, fica situado numa propriedade privada em Póvoa de Lanhoso, local de descanso para José Alberto e família, de forma a garantir que fica sempre na posse dos herdeiros, explicou o promotor a O MINHO.
“É uma paixão muito grande pelos Carochas”, começa por dizer Alberto Ribeiro, recordando os seus 18 anos, altura em que concluiu com sucesso o exame de condução ao volante de um dos 20 que existiam na altura ao serviço da Escola de Condução Vimaranense.
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“Fiquei muito apegado ao carro, e ao longo dos tempos fui criando uma coleção engraçada, a nível de carochas, com carros únicos de diferentes séries”, afirma o também fundador do Clube Carochas do Berço.
“O núcleo existe há dez anos e foi formado porque já tínhamos um grupo bastante grande que ia a concentrações. O VW AR Clube de Portugal, que tem sede em Viana do Castelo, fez-nos a proposta para nos afiliarmos, e assim foi”, explica.
A inauguração do monumento, para consolidar a paixão de Alberto pela viatura, esteve prevista para março de 2020, mas a pandemia trocou todos os planos, com o momento a realizar-se apenas no passado domingo.
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“Isto era um sonho que eu tinha, e esse sonho foi realizado porque tive a sorte de encontrar um escultor, Armando Rodrigues, da Póvoa de Lanhoso, que me percebeu desde a primeira hora. Eu sou suspeito, mas vale a pena ver. É obra de dois grandes malucos, do escultor e minha”, afirmou.
A escultura, que é uma fachada do carocha, levou cerca de dois meses a construir. Apesar de ser de Guimarães, Alberto fez questão de que a escultura ficasse na propriedade que tem na Póvoa de Lanhoso, porque todos os anos, no dia do pai, é lá onde o clube vimaranense organiza as suas concentrações.
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“Como tenho 1.000 metros de lage, resolvi colocar ali, porque o tempo é ilimitado na terra, e assim dá para os meus filhos e para os meus netos. Se estiver num espaço que é meu, vai continuar a ser sempre dos meus herdeiros. Se fosse num espaço público, ficava para a Câmara”, deduz.
Alberto explica que a Câmara de Guimarães, no final do ano passado, tentaram “levar para Guimarães”, mas “disse que não”. Acho que onde está, está muito bem”, concluiu.