A circulação de pessoas e viaturas está proibida na Avenida dos Plátanos, em Ponte de Lima, para uma intervenção prevista em 27 árvores identificadas com problemas. A restrição vai obrigar à deslocação dos feirantes que ali costumam estar instalados, adiantou a O MINHO fonte da autarquia.
A decisão de interditar a Avenida dos Plátanos foi tomada em reunião do executivo, na terça-feira, depois de no sábado ter caído um ramo de grandes dimensões de um dos plátanos.
O incidente, do qual não resultou feridos, fez antecipar, por precaução, a interdição da Avenida dos Plátanos, no âmbito de uma intervenção, já prevista, em 27 plátanos que apresentam problemas, de acordo com um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
A intervenção será realizada por uma empresa especializada em podas.
Na tarde de hoje, o vereador responsável irá reunir com bombeiros, forças de segurança e Proteção Civil para definir como decorrerá a intervenção.
Certo é que os comerciantes que ocupam aquele espaço na feira quinzenal serão deslocados para outras áreas da feiras, as quais serão, entrentanto, publicadas em edital da Câmara.
A feira – quinzenal – volta a realizar-se na próxima segunda-feira.
Regulamento municipal
Contactado pela agência Lusa, a propósito do edital publicado em Diário da República (DR) relativo ao início do procedimento de elaboração da proposta de regulamento municipal para a gestão do arvoredo urbano, o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, adiantou que aquele instrumento resulta de “uma preocupação muito grande” do município, “na manutenção do arvoredo todo na avenida dos Plátanos, que está classificado”.
Em causa está uma zona pedestre, com cerca 450 metros de extensão, junto ao rio Lima, onde, em 1901 foram plantados 83 plátanos.
A designada avenida dos plátanos foi alvo de obras de requalificação do pavimento, canteiros e mobiliário urbano, que terminou em junho de 2013.
A “saúde” do arvoredo é acompanhada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), mas para intervir naquele que é “um dos principais polos de atração turística e paisagística da área urbana da vila”, o município tem de pedir parecer do Instituto de Conservação da Natureza (ICNF).
“Temos uma dificuldade muito grande em fazer o tratamento daquele espaço. O que queremos é que o trabalho seja feito, acima de tudo, com acompanhamento de uma empresa externa, e as podas que tiverem de se fazer, que sejam feitas de acordo com o regulamento”, explicou Vasco Ferraz, que estimou que dentro de 60 dias o regulamento esteja concluído e, em vigor.
O autarca do CDS-PP justificou a necessidade de o regulamento municipal com a necessidade da autarquia passar a ter “alguma facilidade, até junto do ICNF, que tutela aquela proteção, para que poder atuar”.
“Há necessidade de regulamentar a forma como as árvores são tratadas ou, até mesmo, a sua própria substituição. Aquele arvoredo dentro da própria vila, pela idade que tem, pode constituir algum risco. Por exemplo, nós não podemos agora retirar plátanos da avenida e não repormos. Até essa reposição queremos regulamentar para nunca termos ali uma brecha aberta para mantermos aquele aspeto da avenida”, destacou.
Segundo Vasco Ferraz, a regulamentação da gestão do arvoredo da vila “prevê ainda o recurso a seguros para acautelar situações de queda de galhos que causem prejuízos no domínio privado”.