O regime jurídico do curso técnico superior profissional (CTeSP) encontra-se previsto legalmente desde março, com alterações em 2016 e 2018. Trata-se de cursos fortemente orientados para as necessidades do mercado de trabalho, não conferem um grau académico, mas sim, um diploma de técnico superior profissional. Nas regiões do Cávado e do Ave, o IPCA ministra 35 destes cursos, distribuídos por Barcelos, Famalicão, Braga, Guimarães e, brevemente Esposende.
“Os CTeSP do IPCA procuram dar uma resposta às necessidades específicas da região, em particular com proximidade aos diferentes municípios, em Barcelos no Campus do IPCA, em Guimarães no Avepark e, já no próximo ano letivo, no Pavilhão Multiusos, em Vila Nova de Famalicão no CIIES (Centro de Inovação, Investigação e Ensino Superior) e em Braga, com a sede da Escola Técnica Superior Profissional (ETeSP) no renovado edifício onde ficava o IditeMinho, e onde está incubada a Associação Empresarial do Minho, promovendo a aproximação às empresas da região”, explica Filipe Chaves, diretor da ETeSP.
O crescimento da procura dos CTeSP justifica que, no próximo ano letivo, o IPCA passe a ter uma extensão em Esposende, onde funcionarão mais três cursos.
Este ciclo de estudos é ministrado apenas pelos institutos politécnicos e o IPCA destaca-se na captação de estudantes para os CTeSP. No ano letivo 2020/21, inscreveram-se nos diversos cursos TeSP do IPCA, 1 413 estudantes, um número só é superado pelo Instituto Politécnico de Leiria. O número de alunos neste tipo de cursos cresceu 6%, no último ano letivo, confirmando uma tendência de crescimento, desde a sua introdução.
Para obterem o diploma de técnico superior profissional, os alunos precisam de 120 créditos, o equivalente a quatro semestres, ou seja, dois anos letivos. Além da formação geral e científica, os alunos passam por formação técnica e formação em contexto de trabalho que se concretiza através de estágios em empresas. Os titulares de diploma de técnico superior profissional podem ingressar nos ciclos de estudos de licenciatura e integrados de mestrado através de um concurso especial.
Há dez novos cursos este ano letivo
No ano letivo 2021/2022, o IPCA está a propõe dez novos cursos técnicos: Assessoria e Comunicação Empresarial; Audiovisual Digital; Gestão das Instalações Desportivas e Desporto; Gestão de Restauração e Bebidas; Inovação Alimentar e Artes Culinárias; Marketing Digital e Social Media; Moldação de Plásticos por Injeção: Preparação e Gestão de Obra; Robótica Colaborativa e Inteligência Industrial; Segurança e Proteção de Dados para Sistemas de Informação; Tecnologia e Inovação Informática (Brightstart).
Todos os TeSP lançados pelo IPCA resultaram da colaboração direta com diferentes empresas, que contribuíram para definição do plano de estudos de forma a garantir que as competências transmitidas aos estudantes estão alinhadas com as necessidades das empresas, explica Filipe Chaves. “Trata-se de suprir necessidades de recursos humanos na região do Cávado e do Ave que foram previamente identificadas”, esclarece. Em particular o CTeSP de Tecnologia e Inovação Informática, está associado ao programa Brightstart da Deloitte, sendo o primeiro politécnico na região Norte a juntar-se a este programa.
Os cursos com maior procura, segundo o diretor da ETeSP, são aqueles mais vocacionados para as tecnologias informáticas e multimédias, nomeadamente o CTeSP de Redes e Segurança Informática, Desenvolvimento Web e Mulitmedia, Design para Média Digitais, mas também o CTeSP de Apoio à Gestão e Gestão Financeira Contabilística. Os 20 cursos em regime Pós-Laboral tem também contribuído para o aumento da procura, junto da população ativa que procura reciclar conhecimentos e melhorar competências.
Prémios e empregabilidade são uma marca de qualidade
Os alunos da ETeSP vão colecionando prémios. Foi o caso recente de Sofia Lopes, estudante de Design de Moda, que venceu o prémio de melhor filme pelo Público no Porto Fashion Film Festival.
Filipe Chaves sublinha os prémios que os alunos têm alcançado, em concursos promovidos por empresas e associações empresariais, bem como a alta taxa de empregabilidade, como prova da qualidade dos cursos.
